Brasil

Lula sanciona PL que atualiza a Lei de Cotas; veja o que muda

O projeto aprimora a política de cotas, alterando critérios socioeconômicos e inserindo os quilombolas entre os beneficiados

Lula sanciona PL que atualiza a Lei de Cotas; veja o que muda (Ricardo Stuckert/PR/Flickr)

Lula sanciona PL que atualiza a Lei de Cotas; veja o que muda (Ricardo Stuckert/PR/Flickr)

Letícia Furlan
Letícia Furlan

Repórter de Mercados

Publicado em 13 de novembro de 2023 às 07h57.

Última atualização em 13 de novembro de 2023 às 08h02.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sanciona nesta segunda-feira, 13, o projeto de lei que atualiza a Lei de Cotas. Conforme já era esperado após dez anos de sua sanção, que aconteceu em 2012, foi dado início a um processo de reformulação da política. A lei garante a reserva de vagas para estudantes vindos de escolas públicas, estudantes pretos, pardos, indígenas, oriundos de famílias com renda inferior a um salário mínimo e meio per capita e estudantes com deficiência.

Na solenidade, que acontece no Palácio do Planalto, em Brasília, também estarão presentes os ministros  Camilo Santana, da Educação; Anielle Franco, da Igualdade Racial; Silvio Almeida, dos Direitos Humanos e Cidadania; Sônia Guajajara, dos Povos Indígenas.

Em discussão sobre o PL no Senado em outubro, o relator, senador Paulo Paim (PT-RS), afirmou que a Lei de Cotas não deve ser perpétua, mas sim transitória. "Antes, as universidades tinham apenas 6% de pobres, vulneráveis, indígenas, pretos e pessoas com deficiência. Depois que surgiram as cotas, somos mais de 40%. É o Brasil negro, indígena, deficiente se encontrando na sala de aula", disse.

O que a nova Lei de Cotas muda

O projeto aprimora a política de cotas para o ingresso em instituições federais de ensino superior ou ensino médio técnico, alterando, ainda, critérios socioeconômicos e insere os quilombolas entre os beneficiados. Veja o que muda:

  • Das vagas reservadas a estudante de escola pública, o processo seletivo vai analisar a proporção de indígenas, negros, pardos, quilombolas e pessoas com deficiência no estado
  • Será adotada uma metodologia que atualiza anualmente os percentuais de pretos, pardos, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência em relação à população de cada estado
  • A proporção racial deve ser mantida nas vagas destinadas aos vindos do ensino público de famílias com renda máxima de um salário mínimo e nas vagas dos estudantes de outras faixas de renda.
  • O aluno cotista primeiro disputa pela ampla concorrência e, caso não consiga nota para aprovação nas vagas gerais, poderá concorrer para as vagas reservadas.
  • O programa será reavaliado a cada dez anos, com divulgação anual de um relatório sobre a permanência e a conclusão dos alunos beneficiados.
Acompanhe tudo sobre:CotasLuiz Inácio Lula da Silva

Mais de Brasil

Relator afirma que votação de PL da anistia pode ser adiada diante de impasse sobre texto

Moraes suspende lei sancionada pelo governo de SP que regulamentava mototáxi

Censo da Educação Superior: quais estados têm mais alunos matriculados na universidade? Veja a lista

Tempestade em São Paulo alaga aeroporto, destelha estação de trem e deixa oito feridos