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Lula réu pela 5ª vez; Delações no STF…

Lula réu — de novo O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se tornou mais uma vez réu — a quinta, terceira na Lava-Jato — nesta segunda-feira. Desta vez, Lula responde por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em esquemas relacionados à Odebrecht. Também viraram réus a mulher de Lula, Marisa Letícia, o empreiteiro Marcelo […]

 (Rodrigo Paiva/Reuters)

(Rodrigo Paiva/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2016 às 17h56.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h45.

Lula réu — de novo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se tornou mais uma vez réu — a quinta, terceira na Lava-Jato — nesta segunda-feira. Desta vez, Lula responde por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em esquemas relacionados à Odebrecht. Também viraram réus a mulher de Lula, Marisa Letícia, o empreiteiro Marcelo Odebrecht, o ex-ministro Antonio Palocci e outras cinco pessoas. A denúncia é relacionada a propinas pagas pela empresa no esquema da Petrobras para a compra de um terreno que seria sede do Instituto Lula, na zona sul de São Paulo.

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Cunha diz ser pressionado

A defesa do ex-deputado federal Eduardo Cunha alegou numa petição protocolada no STF que ele está sendo pressionado pela Lava-Jato para fazer o acordo de delação premiada. Os advogados dizem que a transferência do ex-deputado para o Complexo Penal de Pinhais, no Paraná, é uma forma de pressão para que ele colabore na operação. Cunha foi transferido nesta segunda-feira para o presídio sob a alegação de que a carceragem da Polícia Federal está ficando superlotada. Para os advogados, o problema é que outros presos, como Leo Pinheiro, da OAS, que já estão condenados não tiveram o pedido de transferência aceito.

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O discurso de Temer

Preocupado com a baixa popularidade, o presidente Michel Temer deve fazer um pronunciamento público em cadeia nacional de rádio e televisão no final deste ano. Temer quer tentar reverter a imagem ruim que está sendo criada em torno de seu mandato e explicar de maneira pessoal a reforma da Previdência e a PEC do Teto de Gastos. De acordo com a Folha de S.Paulo, o presidente estaria descontente com a cobertura feita pela imprensa desses temas. Há dúvidas, no entanto, quanto à realização do pronunciamento. O medo é repetir Dilma Rousseff, que foi alvo de um “panelaço” quando tentou ter a mesma atitude no início de 2015.

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Delações da Odebrecht chegam ao STF

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao STF as delações de executivos e ex-executivos da Odebrecht. A entrega aconteceu depois que o presidente Michel Temer pediu celeridade ao caso por parte da PGR. Os documentos foram alojados na sala-cofre do Supremo e devem ser acessados somente pelo ministro relator da Lava-Jato, Teori Zavascki, e por sua equipe. São centenas de depoimentos gravados em vídeo ou em texto que serão analisados pelo ministro, que decidirá se a delação será homologada. Ele criticou os vazamentos de informações da delação na imprensa nos últimos dias.

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Doria diplomado

O prefeito eleito de São Paulo, João Doria, foi diplomado na manhã desta segunda-feira. Além dele, foram oficializados no cargo o vice-prefeito, Bruno Covas, e os 55 vereadores da cidade. A cerimônia aconteceu na Sala São Paulo, no centro. Durante o discurso, Doria negou que recuará de algumas das promessas de campanha, como o aumento da velocidade das marginais. Quando a vereadora Sâmia Bomfim, do PSOL, foi receber seu diploma, parte do público começou a gritar “fora, Temer”, em alusão à saída do presidente da República do cargo.

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Votação de pacote adiada no Rio

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro adiou para 2017 a votação da principal medida do pacote anticrise proposto pelo governo de Luiz Fernando Pezão. A medida previa a elevação da contribuição previdenciária dos funcionários públicos para 14%. Outra medida, que adia para 2020 o reajuste de vencimentos na área da segurança pública, foi devolvida ao governo. O presidente da Alerj, Jorge Picciani, do PMDB, criticou o governador, do mesmo partido. “Falta governo, não tem nenhuma coordenação no governo. Se não fizer reformas estruturais, não resolve [a crise]”, disse. Por outro lado, Picciani negou a possibilidade de impeachment, que vem sendo aventada no estado.

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