São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer voltar a comandar o país e sua candidatura para 2018 já é dada como certa por integrantes do partido, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo. Lula, no entanto, negou a intenção em post publicado no Facebook. 

No domingo, logo após o anúncio da vitória de Dilma Rousseff (PT), Rui Falcão, presidente do PT, afirmou que apoiaria uma eventual candidatura do ex-presidente.

"Eu, pessoalmente, sou a favor de que o presidente Lula seja candidato em 2018. Naturalmente isso vai depender da disposição dele, mas ele tem dito que sempre se colocará à disposição do PT", disse para jornalistas.

Durante seu discurso de vitória, Dilma foi interrompida diversas vezes pela euforia da militância. Em alguns desses momentos, a multidão gritava "Lula, eu te amo" ou outras palavras de elogio ao ex-presidente.

Ou seja, embora Falcão pondere que poderá existir uma disputa interna caso surjam outros pré-candidatos, Lula já tem apoio da maior parte do partido - naturalmente.

Na última segunda-feira, o ex-presidente completou 69 anos. Em quatro anos, ele terá 73. No primeiro turno, Lula afirmou que ainda não estava pensando na possibilidade de encarar a corrida eleitoral de 2018. 

"Uma pessoa com quase 70 anos tem que dar graças a Deus de estar vivo daqui a quatro anos", disse enquanto se esforçava para ser ouvido pela multidão aglomerada ao redor dele. Em 2011, o ex-presidente foi diagnosticado com câncer na laringe e se curou no ano seguinte.

Por ora, segundo a assessoria de imprensa de Falcão, o ex-presidente, às vezes, dá sinais de que deseja voltar. Em outros, indica que não. Mas interlocutores do PT teriam confirmado ao jornal Folha de S. Paulo a intenção de Lula de voltar à disputa pela presidência nas próximas eleições.

Para colocar isso em prática, provavelmente, a partir de agora, ele se fará mais presente no governo de Dilma - que em alguns momentos dos últimos quatro anos tratou de ignorar a interferência do ex-presidente.

* Atualizado às 17h para incluir o posicionamento de Luiz Inácio Lula da Silva. 

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