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Lula quer nova constituinte só para reforma política

Ex-presidente defendeu a urgência de uma reforma política, mas se disse pessimista quanto às chances dela ocorrer. Para Lula, valeria até uma nova constituinte


	Lula: ele não tem esperança de que uma reforma política seja aprovada no Congresso e acredita que uma constituinte seria necessária
 (REUTERS/Ricardo Rojas)

Lula: ele não tem esperança de que uma reforma política seja aprovada no Congresso e acredita que uma constituinte seria necessária (REUTERS/Ricardo Rojas)

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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2013 às 20h20.

São Paulo – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender hoje uma reforma política no Brasil, principalmnente o financiamento público de campanha, uma das bandeiras petistas. Segundo Lula, o Brasil precisa de uma reforma política com urgência, embora acredite que o Congresso Nacional não deva aprová-la, já que “muitos por lá preferem o status quo”.

Lula se mostrou a favor do financiamento público de campanha tornando o financiamento privado, inclusive, crime inafiançável.

Para ele, mesmo que o Congresso não coloque a reforma em pauta de votação, “é preciso uma constituinte só para isso”, afirmou em palestra organizada pelo jornal Valor Econômico.

Partidos criados apenas para eleger candidatos, ou vender tempo de propaganda política são, para Lula, um exemplo de uma das maiores falhas na democracia brasileira.

País

O ex-presidente reiterou que a democracia por aqui é jovem, mas promissora. Segundo ele, a eleição do Fernando Henrique Cardoso foi um primeiro passo para a democracia brasileira.

Lula mencionou ainda  a eleição do Collor, agora senador por Alagoas, que veio com slogan de “limpar a corrupção”. O ex-presidente brincou que é preciso tomar cuidado com o slogan: “muitas vezes o político que afirma isso faz muito pior”, disse.

Apesar das rusgas do passado, Collor é desde os anos Lula um aliado do governo federal.

O ex-presidente evitou fazer comentários sobre as eleições presidenciais de 2014, mas se disse otimista com o futuro do país.

“Tenho certeza que o Brasil vai dar certo. Nunca vou dizer que não, sou otimista. Só não estou tão otimista quanto às nossas chances na Copa do Mundo”, brincou o ex-presidente.

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