Brasil

Lula quer alterar termos do acordo UE-Mercosul até o fim do 1º semestre

No pronunciamento, Lula falou em achar um meio termo que "melhore para quem se sente prejudicado"

Luiz Inácio Lula da Silva: "O Brasil tem interesse em participar da OCDE. O que queremos é saber qual seria o papel do Brasil na OCDE" (Horacio Villalobos/Getty Images)

Luiz Inácio Lula da Silva: "O Brasil tem interesse em participar da OCDE. O que queremos é saber qual seria o papel do Brasil na OCDE" (Horacio Villalobos/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de janeiro de 2023 às 19h54.

Última atualização em 30 de janeiro de 2023 às 20h01.

Após se encontrar com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil deseja alterar alguns termos do acordo comercial entre União Europeia e Mercosul. Ainda assim, o petista estimou que as negociações tenham um desfecho até o final do semestre.

"Vamos trabalhar de forma muito dura para que a gente possa concretizar esse acordo. Mas algumas coisas têm de ser mudadas", declarou Lula em coletiva de imprensa após o encontro com Scholz no Palácio do Planalto. "Nós vamos fechar esse acordo UE-Mercosul, se tudo der certo, até fim do semestre", acrescentou.

No pronunciamento, Lula falou em achar um meio termo que "melhore para quem se sente prejudicado". "Vamos sentar à mesa da forma mais aberta possível", afirmou o petista. De acordo com o presidente, ao Brasil é muito cara a questão das compras governamentais, do que seria difícil abrir mão. "A compra governamental é uma forma de fazer crescer pequenas indústrias", avaliou, ao lado de Scholz.

O acordo UE-Mercosul está travado na ratificação nos países-membros do bloco europeu.

OCDE

O presidente também afirmou que o Brasil tem interesse em entrar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mas negociando os termos.

"O Brasil tem interesse em participar da OCDE. O que queremos é saber qual seria o papel do Brasil na OCDE", declarou o presidente no Palácio do Planalto após se encontrar com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz. "Nós estamos dispostos a discutir outra vez e queremos saber as condições", acrescentou.

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