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Lula pediu para fechar contas de propina no exterior, diz VEJA

O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque se encontrou com o juiz Sergio Moro e revelou encontro secreto com Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva  (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Valéria Bretas

Valéria Bretas

Publicado em 5 de maio de 2017 às 16h07.

Última atualização em 5 de maio de 2017 às 16h30.

São Paulo - Nesta sexta-feira (5), em depoimento ao juiz federal Sergio Moro, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque afirmou que recebeu ordens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para fechar as contas que supostamente mantinha no exterior para receber propinas oriundas de contratos da Petrobras. 

Segundo informações de VEJA.com, eles teriam marcado um encontro secreto no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, já durante as investigações da Operação Lava Jato.

A publicação diz ainda que o petista, além de monitorar pessoalmente o fluxo de pagamentos de contratos que renderiam valores ilícitos posteriormente, teria feito questão de advertir para a necessidade de eliminar rastros no exterior que pudessem levar as autoridades até a propina.

Segundo Duque, Lula sabia de tudo que se passava no esquema do petrolão e era chamado por dois apelidos: "Nine" e "Chefe".

O responsável por gerenciar a propina ao ex-presidente, de acordo com o veículo, seria o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.

Ex-chefe da OAS confirma depoimento de Duque

Em abril, também em depoimento ao juiz Sergio Moro, o ex-presidente da construtora OAS Léo Pinheiro afirmou que teria conversado com o ex-presidente  sobre documentos que pudessem incriminá-lo na Lava Jato.

A suposta conversa com o petista sobre o assunto teria sido discutida em junho de 2014 – três meses depois do início das investigações da Lava Jato. Ele diz que todos esses encontros foram registrados em uma agenda.

Segundo o empreiteiro, o ex-presidente Lula o teria questionado sobre se os pagamentos da OAS para o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto teriam sido feitos no exterior. Pinheiro afirma que teria respondido que o repasse de propina estava sendo feita por meio de caixa 2 e doações ao diretórios do partido.

Nas palavras do executivo, Lula teria respondido dessa forma: “Você tem algum registro de algum encontro de contas, de alguma coisa feita com João Vaccari com vocês? Se tiver, destrua.”

*Com Estadão Conteúdo

 

 

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