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Lula passará por novo procedimento médico após cirurgia no cérebro

O hospital afirma que procedimento está agendado para quinta-feira, 12, e faz parte da programação terapêutica

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 11 de dezembro de 2024 às 17h05.

Última atualização em 11 de dezembro de 2024 às 17h46.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será submetido a um novo procedimento para interromper o fluxo de sangue em uma região de seu cérebro e prevenir novos sangramentos. A informação foi revelada pelo jornal Folha de S. Paulo e confirmada pelo Hospital Sírio-Libanês em boletim médico divulgado na tarde desta quarta-feira, 11.

Segundo o hospital, o procedimento está agendado para quinta-feira, 12, e faz parte do tratamento complementar à cirurgia realizada na terça-feira, 10. Lula passará por uma embolização da artéria meníngea média, uma técnica indicada para evitar o retorno de sangramentos no cérebro.

O hospital informou que Lula segue sob cuidados intensivos e passou o dia bem, sem intercorrências. Durante o dia, o presidente realizou fisioterapia, caminhou e recebeu visitas de familiares. Uma nova atualização do quadro médico será divulgada durante coletiva de imprensa marcada para amanhã, às 10h.

O que é embolização de artéria meníngea média?

A embolização da artéria meníngea média é um procedimento endovascular minimamente invasivo utilizado para tratar sangramentos no cérebro. Segundo o Rol de Procedimentos do Ministério da Saúde, o procedimento é realizado sem a necessidade de abrir o crânio, feito por meio da punção de uma artéria periférica. A injeção de contraste permite ao médico visualizar em tempo real a circulação intracraniana e, guiado pela imagem, para realizar o tratamento de doenças arteriais e venosas intra e extracranianas.

Cirurgia de Lula

Na madrugada de terça-feira, 10, Lula passou por uma cirurgia no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O procedimento ocorreu sem intercorrências.

Lula foi submetido a uma trepanação, um procedimento cirúrgico que consiste em perfurar o crânio com um trépano, uma espécie de broca neurocirúrgica, para acessar o cérebro ou remover um pedaço do osso.

O termo "craniotomia" foi empregado no primeiro boletim médico para descrever o procedimento do procedimento, mas, durante coletiva à imprensa, o médico explicou que o presidente passou por uma "trepanação".

O petista deu entrada no hospital em Brasília após relatar uma forte dor de cabeça. Exames de imagem indicaram a presença de uma hemorragia intracraniana, o que levou à decisão de transferi-lo para São Paulo ainda na noite de segunda-feira, 9.

O sangramento é resultado de um acidente ocorrido em 19 de outubro, quando Lula escorregou no banheiro do Palácio da Alvorada e bateu a cabeça, levando pontos na ocasião. Este novo sangramento, no entanto, ocorreu quase dois meses após o acidente doméstico.

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