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Lula: chegada do presidente da República no Aeroporto Internacional El Dorado, Comando Aéreo de Transporte Militar em Bogotá, na Colômbia. (Ricardo Stuckert / PR)
Agência de notícias
Publicado em 22 de agosto de 2025 às 08h03.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa, nesta sexta-feira, de uma reunião de líderes dos países amazônicos em Bogotá, na Colômbia. Entre os objetivos de Lula no evento, um deles é garantir o apoio das nações da região à realização da COP 30, que acontecerá no próximo mês de novembro, em Belém (PA), e a iniciativas brasileiras a serem lançadas na ocasião, com destaque para o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, sigla em inglês). Outro é trocar impressões com os líderes sobre a decisão dos Estados Unidos de combater cartéis de drogas em águas da América Latina e do Caribe.
Em meio à sinalização dos EUA de mirar o regime do venezuelano Nicolás Maduro, Lula deve defender que os países amazônicos chamem para si a responsabilidade de cuidar da região. A expectativa é que a declaração final da cúpula reforce o papel dessas nações na luta contra ilícitos, como o narcotráfico e a venda ilegal de armas.
Fazem parte do bloco de países que participarão da V Cúpula de Presidentes dos Estados Partes do Tratado de Cooperação Amazônica (TCA): Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. Como Maduro passou a ser procurado pelos EUA, que ofereceram uma recompensa de US$ 50 milhões por sua prisão, o mais provável é que o venezuelano seja representado por seu chanceler, Yvan Gil.
Gil se reuniu, na quinta-feira, com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. A segurança regional e pendências comerciais foram os principais temas discutidos pelos dois.
A cúpula de Bogotá ocorre dois anos depois de uma reunião de líderes da região em Belém, quando foi relançada a cooperação entre os países. O evento foi centrado na proteção do bioma, no desenvolvimento sustentável com inclusão social e no reconhecimento do protagonismo de povos indígenas e comunidades locais.
Nesta sexta-feira, a agenda presidencial estará dividida em duas partes: o Encontro Regional Amazônico, que reunirá representantes da sociedade civil, povos indígenas, comunidades tradicionais, academia e outros setores estratégicos seguindo o formato dos “Diálogos Amazônicos” da Cúpula de Belém; e uma reunião privada entre autoridades dos oito países amazônicos, seguida de almoço e da assinatura da Declaração de Bogotá.
O documento final dará ênfase à mudança do clima. Paralelamente, o Brasil apresentará uma declaração autônoma para obter o endosso dos países amazônicos à proposta do Fundo Florestas Tropicais para Sempre. O TFFF é uma iniciativa de financiamento que visa um capital estimado em US$ 125 bilhões e remunera países em desenvolvimento que conservam suas florestas.