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Lula minimiza mensalão e critica falta de debates

Ex-presidente diz estar mais preocupado com o cancelamento dos debates entre os candidatos a prefeito nesta semana do que com o julgamento

Lula, Haddad e Marta na Zona Leste de São Paulo (Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

Lula, Haddad e Marta na Zona Leste de São Paulo (Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2012 às 10h00.

São Paulo - Em ato com Fernando Haddad (PT) na zona leste, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira (3) estar mais preocupado com o cancelamento dos debates entre os candidatos a prefeito nesta semana do que com o julgamento do mensalão.

Lula disse em São Mateus que Haddad "está doido" para encontrar os adversários na televisão e criticou o cancelamento dos programas. "Vai ter debate lá em Garanhuns (cidade onde Lula nasceu), e não em São Paulo."

A TV Record promoveria um debate na segunda-feira (1), mas alegou que José Serra (PSDB) não iria ao encontro - o tucano nega ter dito que se ausentaria - e que Celso Russomanno (PRB) estaria impedido, pois estava previsto o nascimento de sua filha - a menina veio à luz no sábado. Na terça-feira (2), a TV Globo cancelou o programa desta quinta-feira, sob alegação de que o número de debatedores é inviável.

"Veja que engraçado: em todas as campanhas que o PT estava na frente na pesquisa, tinha debate na Globo, na Record. Vocês lembram que, quando fui candidato em 2006, colocaram a cadeira vazia porque eu não fui ao debate?", disse Lula. "Agora o Fernando Haddad está doido por um debatezinho na Globo, na Record, e nem a Record nem a Globo estão fazendo debate. É uma vergonha. Eles não querem que esse moço aqui mostre a competência que tem no debate."

Na saída, ao ser questionado sobre o julgamento no STF, Lula disse que "não está preocupado com o mensalão". "Para mim, não (afeta). Estou acompanhando as eleições e fazendo comício." Pela manhã, em ato no ABC que reuniu candidatos do PT, sindicalistas e o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, criticaram o julgamento. "O Supremo está se curvando aos editoriais", afirmou Marinho. Haddad evitou o assunto e disse que era "simbólico" fazer um ato de campanha em porta de fábrica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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