Brasil

Lula leva Maggi a Cuba para aconselhar Castro sobre soja

Ex-presidente se encontrou com o líder cubano Raúl Castro, a quem entregou uma camisa da seleção brasileira

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o senador Blairo Maggi visitaram nesta quarta-feira (26) a fazenda da empresa agrícola militar Cubasoy, em Cuba (Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o senador Blairo Maggi visitaram nesta quarta-feira (26) a fazenda da empresa agrícola militar Cubasoy, em Cuba (Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2014 às 20h27.

Brasília - Menos de um mês depois de a presidente Dilma Rousseff passar por Cuba para inaugurar o Porto de Mariel, construído na sua maior parte com financiamento do BNDES, agora foi a vez do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitar a ilha. Lula se encontrou com o líder cubano Raúl Castro, a quem entregou uma camisa da seleção brasileira, como mostrou o blog de Marcelo de Moraes no estadão.com.

Além das amenidades de sempre, o tema das conversas passou pelo compartilhamento de experiências brasileiras na área de energia, especialmente com a ampliação do uso da biomassa em Cuba, sobretudo o cultivo de cana-de-açúcar.

Mas a grande novidade nas conversas foi a presença do senador Blairo Maggi (PR-MT), em Havana, para dar conselhos ao regime cubano sobre os segredos do plantio de soja. Trata-se de uma cena inimaginável até alguns anos atrás, quando Blairo era muito criticado por petistas e outros partidos de esquerda por suas atividades como um dos principais expoentes do agronegócio, justamente no plantio de soja.

Com o passar do tempo, Blairo, dono de um dos maiores grupos agroindustriais do País, se aproximou de Lula e do seu governo, se transformando em parceiro político. E, agora, se tornou uma espécie de consultor informal de Lula nas conversas com Raúl Castro e os cubanos.

No fim de janeiro, a presidente Dilma esteve em Cuba para inaugurar a primeira etapa do Porto de Mariel, resultado de um empréstimo de US$ 682 milhões do BNDES. A iniciativa rendeu, à época, muitas críticas da oposição e uma defesa veemente de Dilma, que acusou uma "visão pequena" dos críticos. Na ocasião, a presidente anunciou um novo financiamento de US$ 290 milhões para a implantação de uma Zona de Desenvolvimento Especial no porto cubano.

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