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Lula indica ex-governador Paulo Câmara para assumir o Banco do Nordeste

Posse do ex-governador depende de o Senado aprovar as mudanças feitas pela Câmara no final do ano passada na chamada 'Lei das Estatais'

Paulo Câmara e Lula: ex-governador de Pernambuco assume cargo no BNB (Paulo Câmara Twitter/Reprodução)

Paulo Câmara e Lula: ex-governador de Pernambuco assume cargo no BNB (Paulo Câmara Twitter/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de fevereiro de 2023 às 05h48.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta terça-feira, 7, com o ex-governador de Pernambuco Paulo Câmara e o convidou para assumir a presidência do Banco do Nordeste (BNB). Passada a eleição do Congresso, o governo deu início a distribuição de cargos a aliados e seus indicados que ajudaram a garantir a vitória do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na casa alta.

O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, também participou da reunião, que terminou com o aceite de Câmara para assumir comando do banco. O ex-governador perdeu a disputa à reeleição em Pernambuco, ainda no primeiro turno, fato que gerou o fim do período de 12 anos do PSB no controle do Estado.

A posse do ex-governador, no entanto, depende de o Senado aprovar as mudanças feitas pela Câmara no final do ano passada na chamada “Lei das Estatais”, que flexibiliza as regras para que políticos assumam cargos públicos em empresas estatais. O texto aprovado pela Câmara reduz para apenas 30 dias o tempo exigido de quarentena para o político assumir o cargo em estatal.

O BNB que Câmara deve presidir é o maior banco regional da América Latina e uma fonte vital de financiamento aos Estados do Nordeste, onde está localizado o principal reduto eleitoral de Lula e do PT.

Apesar da posição estratégica do banco e do desejo de Lula por Câmara, há pouco empenho do PT na aprovação da nova Lei das Estatais. O texto está sem relator desde que chegou ao Senado, no ano passado. O projeto ainda precisa passar pela Comissão de Constituição e Justiça e pelo plenário da casa, mas o presidente Rodrigo Pacheco não tem demonstrado pressa para resolver este impasse.

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