Ex-presidente Lula durante comício em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo (Ricardo Stuckert/Instituto Lula/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 23 de setembro de 2014 às 23h33.
São Paulo - Ciente dos números de pesquisas de intenção votos para presidência e governo de São Paulo, divulgados minutos antes de um ato de campanha em Guarulhos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva preferiu minimizar a importância dos números e focou seu discurso na tentativa de "salvar" o candidato petista, Alexandre Padilha, e atacar o atual governador, Geraldo Alckmin (PSDB).
Pesquisa Ibope/Estadão/Globo, divulgada nesta noite, mostra ampliação de seis para nove pontos percentuais da vantagem da presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, sobre Marina Silva (PSB).
No cenário estadual, os números mostram estagnação de Padilha, com 8% das intenções de votos, e oscilação positiva de um ponto porcentual de Alckmin, que agora tem 49%.
"Aprendi, ao longo da minha vida, nem ficar eufórico nem triste com pesquisas", disse Lula. Segundo o ex-presidente, há um processo de consciência do eleitor que ainda precisa ser maturado. "Aquele voto que parecia certo às vezes não está tão certo", disse.
Nos ataques a Alckmin, Lula usou a crise hídrica no Estado, citou que o tucano tem fugido dos debates e que não assume suas responsabilidades.
"Não é a toa que esse governador tem apelido de picolé de chuchu. Ele é insosso, sem sal e nunca fala de nenhum assunto grave do estado", afirmou, dizendo que Padilha também é capaz de fazer "o milagre" que o PT fez no País em São Paulo.
"Eu fico imaginando se a gente ganhar com Padilha, se a gente reeleger a Dilma, a revolução que a gente pode fazer nesse País", afirmou.
Após fazer criticas a imprensa, o ex-presidente disse que a presidente Dilma vai ressaltar amanhã, na abertura da 69.ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York, que "finalmente o Brasil saiu do mapa da fome". "Nós vencemos essa batalha", disse.