Governo Lula: data exata para o pronunciamento ainda não foi definida ( Ricardo Stuckert / PR)
Agência de notícias
Publicado em 1 de agosto de 2025 às 11h47.
Última atualização em 1 de agosto de 2025 às 11h55.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu, segundo auxiliares, convocar um pronunciamento em cadeia de rádio e televisão para rebater as sanções impostas pelos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A data exata para o pronunciamento ainda não foi definida, mas há a possibilidade de que ele ocorra no próximo domingo. No discurso, que ainda não foi gravado, o presidente também deve abordar o tarifaço, mas o foco principal será o enquadramento de Moraes na Lei Magnitsky.
As sanções contra Moraes geraram indignação no governo brasileiro. Lula classificou a iniciativa do governo Donald Trump como “inaceitável”. Na quinta-feira, o presidente convidou ministros do STF para um jantar de solidariedade no Palácio da Alvorada.
No dia 17 de julho, oito dias após Trump anunciar a adoção de tarifas sobre produtos brasileiros, Lula fez um pronunciamento com foco na defesa da soberania nacional, uma mensagem que foi bem recebida pelo governo.
Após o anúncio das sanções contra Moraes e os detalhes sobre o tarifaço, o governo decidiu manter sua aposta na defesa da soberania nacional. Há um diagnóstico interno de que o discurso sobre a soberania trouxe ganhos políticos até agora.
Para auxiliares de Lula, o episódio, inédito na história das relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos, reforça o argumento de que o governo de Trump busca ter uma interferência indevida no funcionamento da Justiça brasileira.
Os Estados Unidos anunciaram, na quarta-feira, a aplicação de sanções previstas na Lei Magnitsky a Moraes. O ministro do STF é o primeiro brasileiro a ser sancionado diretamente pela norma.
A inclusão de Moraes na Lei Magnitsky ocorreu no mesmo dia em que Trump formalizou o tarifaço de 50% sobre exportações brasileiras, embora com exceções para quase 700 categorias de produtos, como aviões, petróleo, suco de laranja e celulose.