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Lula fará pronunciamento e militância convoca ato de defesa

O ex-presidente fará um pronunciamento aberto à imprensa nesta quinta-feira sobre a Lava Jato;

EXAME.com (EXAME.com)

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Valéria Bretas

Valéria Bretas

Publicado em 15 de setembro de 2016 às 10h48.

São Paulo - Nesta quinta-feira (15), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará um pronunciamento à imprensa sobre a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) contra ele, sua esposa, Marisa Letícia, e mais seis pessoas no âmbito da Operação Lava Jato

A declaração do ex-presidente será durante reunião do Diretório Nacional do partido, no Novotel Jaraguá, no centro da cidade de São Paulo. 

Em resposta às acusações, o PT convocou a militância para amparar Lula na frente do hotel, às 13h de hoje. 

O que pesa contra o ex-presidente 

Lula é acusado de chefiar o esquema de corrupção que desviou R$ 87 milhões da Petrobras. De acordo com o  MPF, ele teria recebido R$ 3,7 milhões em propinas por meio de três contratos da OAS com duas refinarias da estatal. 

Os procuradores afirmam que o ex-presidente recebeu vantagens indevidas referentes à reforma de um tríplex em Guarujá (SP) feita pela empreiteira como compensação por ações de Lula no esquema de cartel e propinas. 

Na denúncia, ele é acusado de crimes de corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro. 

O que diz a defesa de Lula

O petista está convencido de que a operação quer descontruir a sua imagem, enfraquecer o Partido dos Trabalhadores (PT) e barrar uma eventual candidatura dele ao Palácio do Planalto, em 2018. 

Em nota, os advogados de Lula e de Marisa Letícia afirmam que nenhuma prova foi apresentada contra o ex-presidente e que a propriedade no Guarujá (SP) não pertence ao casal. 

Veja o que diz a nota da defesa:

"Não foi apresentado um único ato praticado por Lula, muito menos uma prova. Desde o início da Operação Lava Jato houve uma devassa na vida do ex-Presidente. Nada encontraram. Foi necessário, então, apelar para um discurso farsesco. Construíram uma tese baseada em responsabilidade objetiva, incompatível com o direito penal. O crime do Lula para a Lava Jato é ter sido presidente da República.

Para sustentar o impossível – a propriedade do apto 164-A, Edifício Solaris, no Guarujá – a Força Tarefa da Lava Jato valeu-se de truque de ilusionismo, promovendo um reprovável espetáculo judicial- midiático. O fato real inquestionável é que Lula e D. Marisa não são proprietários do referido imóvel, que pertence à OAS. 

Se não são proprietários, Lula e sua esposa não são também beneficiários de qualquer reforma ali feita. Não há artifício que possa mudar essa realidade". 

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