Governo Lula: avaliação termina o ano em estabilidade (Ricardo Stuckert / PR/Flickr)
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 20 de dezembro de 2023 às 09h39.
A aprovação do trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai encerrar o ano de 2023 estável. Segundo a nova pesquisa da Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 20, 54% dos brasileiros aprovam o governo e 43% reprovam, o maior patamar desde o início da série histórica, iniciada em fevereiro deste ano.
Na maioria dos grupos pesquisados a avaliação positiva se manteve estável, a exceção foi o avanço da desaprovação entre as pessoas que moram na região Sul do país, que passou de 45% para 51%. A região Nordeste segue sendo a região com a maior aprovação do governo petista, com 70%. A avaliação positiva do petista é maior entre as mulheres, com 55% de aprovação. Entre os homens, 46% o avaliam negativamente.
O grupo que mais aprova o governo Lula é o de quem possui ensino fundamental completo (65%), os que recebem menos de dois salários mínimos (64%), católicos (61%) e pessoas pretas (63%). Entre os que mais o reprovam estão os que recebem mais de cinco salários mínimos (55%), os evangélicos (56%) e os que possuem o ensino superior incompleto ou mais (55%).
Sobre os principais acertos do governo, os entrevistados classificaram a recriação do programa Minha Casa, Minha Visa, o aumento do valor do Bolsa Família, a volta do Farmácia Popular, a criação do programa Desenrola e a bolsa e poupança para estudantes não abandonarem a escola.
Segundo a pesquisa, entre os motivos para a avaliação negativa do governo Lula estão o aumento da percepção da população que o país não está no caminho certo, a posição brasileira na guerra entre Israel e Hamas, as viagens internacionais de Lula e o retorno das relações com a Venezuela.
Para 25% dos entrevistados, o principal problema atual do Brasil é a economia, seguido pela saúde (14%) e questões sociais com (13%).
A pesquisa Genial/Quaest realizou 2.0012 entrevistas pessoalmente em municípios de todas as regiões do país, entre os dias 14 e 18 de dezembro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança do levantamento é de 95%.