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Lula em Porto Alegre: guerra ou paz?

ÀS SETE - Julgamento de Lula acontece na quarta-feira, às 8h30, mas não está definido se o petista permanece na capital gaúcha até lá

Lula: ex-presidente comparecerá aos atos em seu favor nesta terça-feira em Porto Alegre (Nacho Doce/Reuters)

Lula: ex-presidente comparecerá aos atos em seu favor nesta terça-feira em Porto Alegre (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2018 às 06h47.

Última atualização em 23 de janeiro de 2018 às 07h34.

Está definido. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparecerá aos atos em seu favor nesta terça-feira em Porto Alegre.

Na cidade, está a sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, onde são julgados recursos das decisões do juiz federal Sergio Moro, da Operação Lava-Jato, em segunda instância.

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O julgamento de Lula acontece na quarta-feira, às 8h30, mas não está definido se o petista permanece na capital gaúcha até lá.

O ex-presidente pode retornar a São Paulo, onde compareceria a atos convocados por seu partido na Avenida Paulista.

A confirmação da viagem de Lula nesta terça foi feita pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do partido, em ato nesta segunda.

“É uma decisão do coração. Ele quer agradecer às pessoas que estão se deslocando para estar aqui em Porto Alegre, para apoiá-lo, apoiar a democracia e apoiar o seu direito”, disse. A dúvida é qual Lula descerá do avião: a versão “Paz e Amor” ou um político pronto para a briga. 

Até aqui, em sua pré-campanha, o ex-presidente calca sua defesa popular na narrativa de perseguição e emboscada jurídica que teria como objetivo tirá-lo do pleito presidencial.

Depois de a própria Gleisi Hoffmann dizer que seria preciso “matar gente” para prender Lula, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), outro de seus principais aliados, disse que “não é hora de uma esquerda frouxa”. 

Enquanto isso, o próprio Lula vem amansando o discurso.Disse em outubro que “perdoa” os golpistas. Em dezembro, afirmou que procuradores e o juiz Moro são “dignos de pena” pelas “mentiras” a seu respeito.

O ex-prefeito de São Paulo e coordenador de sua campanha, Fernando Haddad (PT-SP) afirmou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo que o mercado não tem o que temer com o possível retorno de Lula ao poder e que ele nunca se fechou ao diálogo. 

Semana passada, a equipe de Lula anunciou que divulgaria uma nova Carta Ao Povo Brasileiro, como aquela que acalmou os mercados em sua campanha de 2001. 

Nos bastidores, seus advogados trabalham a pleno vapor, com um recurso a cada três dias. As tentativas mais recentes, divulgadas ontem, são o pedido de prescrição dos crimes de lavagem e corrupção no caso do triplex e um recurso para que Lula recorra em liberdade caso condenado em segunda instância.

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