Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião com o Presidente do Governo da Espanha, Pedro Sánchez, e delegação empresarial, no Palácio do Planalto (Ricardo Stuckert / PR/ Flickr/Divulgação)
Agência de notícias
Publicado em 6 de março de 2024 às 17h18.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, disseram nesta quarta-feira, 6, que o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia ainda é possível, mas nenhum deles deu uma data sobre a conclusão do acerto. Eles deram as declarações no Palácio do Planalto, em Brasília.
Sánchez está no Brasil para uma visita de Estado. Antes das declarações, ele e Lula tiveram uma reunião bilateral e compromisso com empresários - no pronunciamento o presidente brasileiro disse que nunca tinha recebido a quantidade de banqueiros que tem recebido nos últimos meses.
Lula disse que as negociações com a UE não recuaram. "Nunca avançamos tanto no acordo", afirmou o presidente brasileiro.
Ele disse que o acerto está pronto para ser assinado, mas que a França tem problemas com seus agricultores, que resistem ao acerto.
O presidente brasileiro afirmou ter a informação de que o acordo poderia sair mesmo sem o apoio francês. Destacou que o acerto é necessário por motivos políticos, econômicos e geográficos, e que seria bom para os dois blocos.
Sánchez, um dos principais aliados de Lula na União Europeia, também disse que o acordo faria bem aos dois blocos.
Ele afirmou que a Europa aprendeu depois de a Rússia invadir a Ucrânia que precisa buscar novos aliados.
O primeiro-ministro da Espanha afirmou que o acordo entre Mercosul e União Europeia seria uma "mudança geopolítica global" e que espera que ele seja assinado.