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FHC e Lula criticam Bolsonaro por ato contra o Congresso

Vídeo compartilhado pelo presidente, de seu número pessoal, convoca manifestações em defesa do seu governo e contra os "políticos de sempre"

FHC e Lula: ex-presidentes criticaram Jair Bolsonaro (Andrew Burton, da Getty Images /Adriano Machado, da Reuters/Exame)

FHC e Lula: ex-presidentes criticaram Jair Bolsonaro (Andrew Burton, da Getty Images /Adriano Machado, da Reuters/Exame)

Victor Sena

Victor Sena

Publicado em 26 de fevereiro de 2020 às 08h52.

Última atualização em 26 de fevereiro de 2020 às 08h57.

São Paulo — O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva escreveu nesta terça-feira, 25, em sua conta no Facebook, que o Congresso, as instituições e a sociedade precisam tomar uma posição "urgente" diante do vídeo compartilhado pelo presidente Jair Bolsonaro convocando manifestações em defesa do seu governo e contra os "políticos de sempre" para o dia 15 de março.

"Bolsonaro nunca combinou com democracia. É um falso patriota que entrega nossa soberania aos Estados Unidos e condena o povo à pobreza.

Um falso moralista que acoberta o Queiroz e outros corruptos e criminosos", disse Lula, em referência a Fabrício Queiroz, investigado pela prática de "rachadinha" quando trabalhava no gabinete de Flávio Bolsonaro na época em que o atual senador era deputado estadual no Rio de Janeiro.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também criticou Bolsonaro. De acordo com o tucano, não se posicionar contra a atitude do presidente seria concordar.

Lula afirmou ainda que Bolsonaro e o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno Ribeiro, têm promovido um "gesto autoritário": "Bolsonaro e o general Heleno estão provocando manifestações contra a democracia, a Constituição e as instituições, em mais um gesto autoritário de quem agride a liberdade e os direitos todos os dias. É urgente que o Congresso Nacional, as instituições e a sociedade se posicionem diante de mais esse ataque para defender a democracia", afirmou o ex-presidente.

O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) também criticou Bolsonaro. Candidato derrotado à Presidência em 2018, Haddad foi irônico: "Bolsonaro, ao que tudo indica, cometeu crime de responsabilidade previsto na Constituição que jurou respeitar mas, certamente, nunca leu", escreveu, em mensagem no Twitter.

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