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Lula é dispensado de testemunhar no caso Bumlai

De acordo com a acusação do MPF, o pecuarista usou contratos firmados com a Petrobras para quitar empréstimos com o Banco Schahin


	José Carlos Bumlai: de acordo com a acusação do MPF, o pecuarista usou contratos firmados com a Petrobras para quitar empréstimos com o Banco Schahin
 (Valter Campanato/Agência Brasil)

José Carlos Bumlai: de acordo com a acusação do MPF, o pecuarista usou contratos firmados com a Petrobras para quitar empréstimos com o Banco Schahin (Valter Campanato/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2016 às 14h26.

Brasília - A defesa do pecuarista José Carlos Bumlai pediu hoje (11) ao juiz federal Sérgio Moro dispensa do depoimento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como testemunha de defesa do empresário.

O depoimento foi marcado para segunda-feira (14), às 9h, por meio de videoconferência, na Justiça de São Paulo.

Em troca do depoimento presencial, Lula mandou esclarecimentos por escrito ao juiz.

O presidente disse que é amigo de Bumlai desde 2002 e que nunca tratou de assuntos políticos com o pecuarista.

Lula também informou que nunca teve conhecimento de que Bumlai tenha usado a amizade com ele para obter vantagens em qualquer tipo de negócio.

Os depoimentos ocorrem na ação penal em que Bumlai e mais 10 investigados na Operação Lava Jato foram denunciados pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

De acordo com a acusação do Ministério Público Federal (MPF), Bumlai usou contratos firmados com a Petrobras para quitar empréstimos com o Banco Schahin.

Segundo os procuradores, depoimentos de investigados que assinaram acordos de delação premiada revelam que o empréstimo de R$ 12 milhões se destinava ao PT e foi pago mediante a contratação da Construtora Schahin como operadora do navio-sonda Vitória 10.000, da Petrobras, em 2009.

Desde o surgimento das primeiras denúncias, o PT sustenta que todas as doações obtidas pelo partido foram feitas de forma legal e declaradas às autoridades.

A Schahin afirma que o modelo de contratação dos navios-sonda foi o mesmo praticado pela Petrobras com todas as concorrentes que prestaram igual serviço.

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