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Lula e Alckmin oficializam pré-candidatura à presidência

Geraldo Alckmin (PSB), vice da chapa de Lula, participou virtualmente do evento porque testou positivo para covid-19 na última sexta-feira

Eleições 2022: ex-presidente e ex-governador de São Paulo disputarão eleições de outubro.  (TV PT/Reprodução)

Eleições 2022: ex-presidente e ex-governador de São Paulo disputarão eleições de outubro. (TV PT/Reprodução)

Drc

Da redação, com agências

Publicado em 7 de maio de 2022 às 12h28.

Última atualização em 7 de maio de 2022 às 12h31.

O ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o ex-governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), oficializaram na manhã deste sábado, 7, a pré-candidatura da chapa para as próximas eleições presidenciais, marcadas para outubro. 

O evento que oficializou o que já era sabido foi realizado no Expo Center Norte, em São Paulo, e lançou um chamamento pelo movimento "Juntos Pelo Brasil", que reúne políticos de diversos partidos apoiadores da chapa, incluindo PCdoB, Solidariedade, PSOL, PV e Rede. Cerca de 4 mil pessoas estiveram presentes.

Em seu discurso, Lula relembrou os feitos dos governos petistas e criticou a atual gestão do presidente Jair Bolsonaro. "Esse é um momento especial porque conseguimos juntar todas as forças políticas progressistas do país em uma mesma campanha", disse. "Minha causa é restaurar a soberania do país e do povo brasileiro. Defender nossa soberania é elevar nossa política altiva, que no passado elevou o Brasil no cenário internacional e nos fez debater de igual para igual com as nações mais ricas do mundo", disse.

Lula também defendeu a defesa do meio ambiente, dos programas sociais e de estatais como a Petrobrás. "Vamos ser desafiados a pensar um novo modelo de desenvolvimento daqui para a frente", falou.

Já o pré-candidato para ser vice-presidente de Lula, Alckmin não pode comparecer presencialmente ao fórum porque foi diagnosticado com covid-19 na última sexta-feira. Mesmo assim, ele participou e discursou no evento virtualmente, em um telão instalado no centro de convenções. 

"Estou triste de não poder estar aí com vocês. Como tantos brasileiros, fui pego pela covid, mas graças às vacinas só tive sintomas leves" explicou Alckmin. "Gostaria de dizer que nenhuma disputa do passado servirá de pretexto para que eu deixe de apoiar e defender a volta de Lula à presidência", afirmou. "A democracia é marcada por disputas. Elas fazem parte do processo democrático. Mas acima das disputas, algo mais urgente se impõe: a defesa da democracia.", concluiu. 

Na quarta-feira, 4, o ex-governador se reuniu com o ex-ministro Aloizio Mercadante para discutir o programa de governo da candidatura do ex-presidente Lula ao Palácio do Planalto. Na reunião, Mercadante pediu indicações de nomes técnicos para debater o programa de governo e sugestões ao ex-governador, que defendeu a necessidade de se construir um "pacto republicano" no país. Alckmin falou também do agronegócio. Parte do setor rejeita Lula e prefere o presidente Jair Bolsonaro (PL), mas o ex-governador tem tentado reduzir essa resistência ao petista no setor rural.

"O Alckmin agrega experiência, agrega um setor da sociedade que durante muito tempo não votou no PT ou não quis votar no PT. O Alckmin agrega pessoas que pensam diferente de nós em muitas coisas", defendeu Lula, na quinta-feira, em entrevista à Rádio CBN Campinas.

O PT espera que o ex-tucano também ajude a campanha a se aproximar de eleitores evangélicos e do mercado financeiro.

Pesquisas de intenção de voto

Na disputa pela presidência da República, os recortes por faixa de renda mostram quem tem mais preferência pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em um eventual segundo turno entre os dois, o petista venceria entre aqueles que ganham até um salário mínimo: 60% a 27%, ou seja, uma vantagem de 33 pontos percentuais.

Se a decisão final das eleições fosse hoje, o petista teria 48% e Bolsonaro 39%.

Lula também tem a preferência entre quem declara que ganha entre 1 e 3 salários (53% a 35%). Os dados são da mais recente pesquisa EXAME/IDEIA.

O presidente Bolsonaro, por sua vez, tem a preferência na parcela mais rica da população. Entre os que dizem ganhar entre 3 e 6 salários mínimos, ele venceria Lula por 51% a 37%. Para quem tem renda superior a 6 salários, ele também está na frente, mas por uma diferença menor: 46% X 42%.

A pesquisa ouviu 1.500 pessoas entre os dias 15 e 20 de abril. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-02495/2022.

(Com Estadão Conteúdo)

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