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Lula diz que reunião com Trump ocorrerá 'o mais rápido possível e vai correr bem'

Em entrevista coletiva na sede das Nações Unidas, presidente brasileiro afirmou que, em encontro casual com Trump, disse que eles têm muito o que conversar

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 24 de setembro de 2025 às 20h14.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira que a reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, será realizada "o mais rápido possível" e se mostrou convencido de que vai correr "bem".

Os dois se cruzaram nos corredores da Assembleia Geral das Nações Unidas e concordaram em organizar um encontro para discutir a disputa gerada pelas tarifas que os EUA impuseram ao Brasil, em retaliação pelo julgamento contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em entrevista coletiva na sede das Nações Unidas, Lula explicou que o encontro foi casual e que, durante a breve saudação, ele disse a Trump que eles têm muito o que conversar.

"Aquilo que parecia impossível deixou de ser impossível e aconteceu, e fiquei feliz quando ele disse que pintou uma química entre nós", afirmou.

Lula disse que a reunião será realizada o mais rápido possível e não descartou que seja presencial, embora tenha evitado confirmar. Além disso, ressaltou que a relação entre Brasil e EUA, as maiores economias do continente americano, é muito importante e se mostrou convencido de que o encontro será bom, porque ambos os países compartilham interesses comuns.

Lula atribuiu as decisões de Trump em relação ao Brasil ao fato de ele estar "mal informado", mas expressou confiança de que quando tiver a informação correta, pode ser que mude de opinião.

Ele acrescentou que não haverá limites na conversa, mas advertiu que a soberania brasileira é a única coisa inegociável.

Questionado se temia uma possível "cilada", como a que Trump armou em fevereiro com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na Casa Branca, Lula respondeu que haverá respeito mútuo.

"Temos 80 anos, não há motivo para estarmos brincando. Eu o trato com o respeito que um presidente dos EUA merece, e ele me respeitará como presidente da República Federativa do Brasil", concluiu.

Durante discurso ontem na Assembleia Geral, Trump revelou que havia cumprimentado Lula e explicou que o considerou "um homem muito amável" e que houve "química" entre os dois.

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