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Lula diz que não recebeu requisição para depor na PF

"Eu não sei como comunicaram a você e não me comunicaram. É uma pena", disse Lula ao jornal O Estado de S.Paulo


	O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: a assessoria do Instituto Lula comunicou que o pedido é "de um delegado da PF" e não da organização e disse que o presidente não teve acesso ao texto com o pedido
 (Hugo Villalobos/AFP)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: a assessoria do Instituto Lula comunicou que o pedido é "de um delegado da PF" e não da organização e disse que o presidente não teve acesso ao texto com o pedido (Hugo Villalobos/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2015 às 15h31.

Buenos Aires - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na tarde desta sexta-feira, 11, em Buenos Aires, que não recebeu a requisição da Polícia Federal para ouvi-lo no caso de desvios da Petrobras investigados pela Operação Lava Jato.

"Eu não sei como comunicaram a você e não me comunicaram. É uma pena", disse ao jornal O Estado de S.Paulo.

A assessoria do Instituto Lula comunicou que o pedido é "de um delegado da PF" e não da organização e disse que o presidente não teve acesso ao texto com o pedido.

A Polícia Federal encaminhou ao Supremo Tribunal Federal um relatório pedindo que Lula seja ouvido nas investigações da Operação Lava Jato.

O documento, assinado pelo delegado Josélio Azevedo de Sousa, ressalta que o cenário faz com seja necessário que o ex-presidente apresente sua versão sobre os fatos investigados "que atingem o núcleo político partidário do seu governo".

"Atenta ao aspecto político dos acontecimentos, a presente investigação não pode se furtar de trazer à luz de apuração dos fatos a pessoa do então presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva que, na condição de mandatário máximo do País, pode ter sido beneficiado pelo esquema em curso na Petrobras, obtendo vantagens para si, para seu partido, o PT, ou mesmo para o seu governo, com a manutenção de uma base de apoio partidário sustentada à custa de negócios ilícitos na referida estatal", diz trecho do relatório, que veio a público nesta sexta-feira.

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