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Lula diz que governo segue monitorando bets: ‘Se regulação não der conta, eu acabo’

Governo começou a bloquear mais de 2 mil sites de apostas irregulares na semana passada

Agência o Globo
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Publicado em 17 de outubro de 2024 às 10h05.

Última atualização em 17 de outubro de 2024 às 10h11.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira, 17, que o governo segue monitorando a situação das bets no país. Segundo o presidente, "se regulação não der conta" de controlar o mercado, será necessário "acabar" com as apostas online no Brasil.

Em entrevista à rádio Metrópole da Bahia nesta quinta, Lula ressaltou a importância de conter o vício de apostas entre os mais jovens.

"Então nós vamos ver se a regulação dá conta. Se a regulação der conta, está resolvido o problema, se não der conta eu acabo, que fique bem claro. Porque você não tem controle de criança com celular na mão fazendo aposta, nós não queremos isso", afirmou o presidente.

No início de outubro o presidente se reuniu com ministros envolvidos nas discussões sobre o funcionamento das casas de apostas e jogos de azar on-line para definir novas medidas de controle do mercado.

"A bets na semana passada tive uma reunião com 14 ministérios para discutir as bets, e nós tinhamos uma opção ou acabava definitivamente ou regulava, e nós optamos pela regulação, e me parece que essa semana mais de 2 mil bets saíram de circulação".

Desde a última sexta-feira a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) começou a tirar do ar sites de mais de 2 mil empresas de apostas esportivas que não estão autorizadas a funcionar no Brasil pelo Ministério da Fazenda.

Cerca de 213 marcas de jogos e apostas, que pertencem a 213 empresas foram autorizadas a continuar operando em território nacional até dezembro. A partir de dezembro o governo vai atualizar esta lista e incluir apenas as bets que obtiveram efetivamente a outorga operarem legalmente.

Medidas contra vício

Preocupado com o vício de apostadores, o governo prepara três ações de conscientização para alertar os jogadores sobre as apostas on-line (as bets). A primeira já foi a divulgação da lista das empresas que poderão operar no país.

A segunda, mais ampla, envolverá a participação do Ministério da Saúde para alertar sobre o endividamento e o efeito das apostas na saúde das pessoas. Será uma campanha publicitária dizendo que apostas são entretenimento e não meios de enriquecimento ou de fazer dinheiro.

A terceira ação será em janeiro de 2025, com a lista das empresas que receberam autorização definitiva para prestar o serviço no país.

O assunto tomou força após o Banco Central (BC) divulgar um relatório apontando que beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em plataformas de apostas com o Pix. O governo discute restrições a meios de pagamento em sites de bets e já anunciou que vai bloquear o uso do cartão do Bolsa Família para apostas eletrônicas.

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