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Lula diz que gasto com população pobre 'é a coisa mais barata do Orçamento'

Segundo o presidente, recursos destinados à população menos favorecida não é favor do governo, mas uma obrigação

Lula: governo atual enfrenta muitos desafios em diversos setores (Ton Molina/Getty Images)

Lula: governo atual enfrenta muitos desafios em diversos setores (Ton Molina/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 20 de outubro de 2023 às 15h05.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a pedir para que recursos destinados ao combate à fome no Brasil não sejam considerados como gastos. De acordo com ele, "a coisa mais barata" do Orçamento é o dinheiro destinado à população pobre.

Segundo o chefe do Planalto, recursos destinados à população menos favorecida "não é favor do governo, é obrigação". "A coisa mais barata que tem no Orçamento da União é cuidar do povo pobre cuidar das nossas crianças e melhorar o ensino fundamental", declarou.

"Quando a gente vê o montante de dinheiro [do Orçamento], a gente precisa calibrar com quantas pessoas a gente está lidando. A gente não tem que falar em gasto quando se fala em combater fome, educação, investir no trabalho que cuida do País, do povo" acrescentou. A proposta de Orçamento para 2024, apresentada pelo governo, contudo, não prevê um reajuste do valor pago aos beneficiários do Bolsa Família, hoje em R$ 600.

As declarações ocorreram em discurso de celebração dos 20 anos do programa Bolsa Família, nesta sexta-feira, 20, no Ministério do Desenvolvimento Social. Esta foi a primeira aparição pública, de forma remota, desde que foi submetido a duas cirurgias, uma no quadril e outra nas pálpebras, no último dia 29.

No vídeo, Lula apareceu ao lado da primeira-dama, Janja da Silva do Palácio da Alvorada, que se emocionou durante o discurso do presidente.

Na fala, o presidente reiterou a promessa do governo de acabar com a fome no País até 31 de dezembro, final de seu terceiro mandato. "Quando a gente vê um programa desse completar 20 anos e ter o ministro Wellington [Dias, do Desenvolvimento Social] da sua qualidade dirigindo isso, com a equipe extraordinária que você montou, eu tenho certeza que, muito mais rápido do que da primeira vez, a ONU vai outra vez anunciar ao mundo que o Brasil outra vez acabou com a fome", comentou.

Lula disse que, até o final de sua gestão, fará com que a população coma ao menos três vezes ao dia. Ele falou que, quem quiser comer quatro vezes por dia, também será possível, mas é preciso "comer de forma racional, sem guloseima". "A gente também não quer que as pessoas tenham peso excessivo. Queremos que as pessoas comam comida saudável", comentou.

A fala ocorreu apesar de Lula já ter recebido críticas por falas consideradas preconceituosas. Em eventos no Palácio do Planalto, o presidente já comentou sobre o peso do ministro da Justiça, Flávio Dino.

Há cerca de dois meses, Dias esteve na mira dos partidos do Centrão no processo de reforma ministerial do governo Lula. O ministro, contudo, foi mantido por Lula.

No evento, a falta de ministros ao lado de Dias chamou atenção. Marcaram presença apenas os ministros do Meio Ambiente, Marina Silva, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira - que chegaram atrasados na celebração -, a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, e a presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano.

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