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Lula deveria ser candidato do PT, dizem 58% no Datafolha

Considerando somente aqueles que declararam preferência pelo partido, o porcentual que acha que Lula deveria ser o candidato sobe para 75%


	Dilma e Lula: apenas 19% disseram que Dilma deveria ser a candidata da legenda
 (Evaristo Sá/AFP)

Dilma e Lula: apenas 19% disseram que Dilma deveria ser a candidata da legenda (Evaristo Sá/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2014 às 11h31.

São Paulo - Pesquisa Datafolha apontou 58% dos entrevistados indicando que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deveria ser o candidato do PT à Presidência.

Apenas 19% disseram que Dilma deveria ser a candidata da legenda, 5% disseram que nenhum dos dois e 18% não responderam.

Considerando somente aqueles que declararam preferência pelo partido, o porcentual que acha que Lula deveria ser o candidato sobe para 75% e 23% dizem que a atual presidente deve ser o nome do PT.

Desejo de mudança

O desejo do eleitorado por mudanças continuou em alta, chegando a 74% - era de 72% em abril. O ex-presidente Lula é o que aparece como mais preparado para realizar as mudanças, apontado por 38% dos eleitores consultados.

Há um mês, Lula era apontado por 32% do eleitorado como apto para fazer as mudanças.

Já Dilma foi citada como preparada para conduzir o processo de mudanças por 15%. Nessa estatística, ela tinha 16% há um mês e 19% em fevereiro.

Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) evoluíram na questão. Passaram de fevereiro para cá, respectivamente, de 10% para 19% e de 5% para 10%.

Inflação

O levantamento mostra que 58% dos entrevistados acreditam que a inflação vai aumentar. O dado representa uma queda de sete pontos porcentuais em relação à pesquisa do mesmo instituto, no mês passado, quando 65% dos eleitores consultados acreditavam na aceleração da alta de preços.

Esse havia sido o maior patamar da série histórica para essa questão do Datafolha.

O dado de maio foi o primeiro a mostrar melhoria nessa perspectiva econômica da população, desde o início de 2012. Mas o índice de 58% ainda é o quarto pior dentro da série de 20 pesquisas desde novembro de 2007.

No dado de hoje, 29% disseram que a inflação ficará como está e 8% afirmaram que ela irá cair.

A pesquisa mostrou também uma melhora, mais discreta, na expectativa em relação ao desemprego. Entre os eleitores consultados, 42% disseram acreditar que o desemprego vai aumentar.

Há um mês, eram 45%. Dos entrevistados, 33% disseram que o desemprego ficará estável e 20% disseram acreditar que a taxa vá cair.

No quesito mais geral de perspectivas quanto à economia, a parcela do eleitorado que espera uma piora da situação geral oscilou de 29%, no mês passado, para 28%.

Pelo levantamento de maio, 41% acham que a situação geral da economia brasileira fica como está e 26% acreditam que vai melhorar.

Os brasileiros continuam mais otimistas com relação à própria condição econômica. Apenas 12% disseram acreditar que suas condições piorariam, enquanto 43% disseram acreditar numa melhoria e 41% apostam na estabilidade.

O Datafolha apurou qual seria a postura do eleitorado em relação a mudanças no cenário econômico.

Segundo o levantamento, 60% admitiram que podem mudar o voto caso haja uma deterioração das condições econômicas e, para 44%, a possibilidade de mudar o voto em uma situação assim seria "grande" ou "média".

Essa questão havia sido colocada pelo Datafolha apenas em junho de 2002, no fim do segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Naquela época, 33% admitiam alterar o voto em um cenário econômico deteriorado.

A pesquisa Datafolha foi feita entre os dias 7 e 8 de maio com 2.844 pessoas em 174 municípios. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos porcentuais. O levantamento foi registrado junto ao Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR-00104/2014.

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