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Lula defende punição a quem cometeu erros na Petrobras

O ato "não partidário", segundo o petista, tinha como ideia inicial comemorar o aniversário da estatal


	Lula: "Se houve erros, tem que investigar. Se for culpado, tem que ir para a cadeia"
 (Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

Lula: "Se houve erros, tem que investigar. Se for culpado, tem que ir para a cadeia" (Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

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Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2014 às 15h28.

Rio - Após uma tumultuada caminhada no centro do Rio, com muito empurra-empurra, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou em um palco montado de frente para a sede da Petrobras, na Avenida República do Chile, nesta segunda-feira, 15.

Em sua fala, o ex-presidente defendeu investigação e punição para quem cometeu irregularidades dentro da empresa.

O ato "não partidário", segundo o petista, tinha como ideia inicial comemorar o aniversário da estatal.

"Depois, decidimos quer era preciso defender a Petrobras de ataques que ela vem sofrendo", afirmou Lula, para uma plateia de sindicalistas e trabalhadores que seguravam bandeiras de candidatos da base aliada do PT.

Para Lula, os milhares de trabalhadores da Petrobras não podem ser confundidos com quem tenha eventualmente cometido erros. "Se houve erros, tem que investigar. Se for culpado, tem que ir para a cadeia", disse o petista.

"Fiz questão de vir com uma camisa da Petrobras, porque as pessoas estão com vergonha de vestir (uniforme da empresa) e parecer com alguém", acrescentou o ex-presidente, sem citar a quem se referia.

Lula usou o microfone para se dirigir à presidente da Petrobras, Graça Foster. "Graça, você não tem nenhuma razão para não andar de cabeça erguida", disse.

O ex-presidente discursou após uma série de lideranças sindicais, representantes da Central Única de Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Federação Única dos Petroleiros (FUP), além da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Também estiveram presentes no ato os candidatos ao governo do Rio Lindbergh Farias (PT) e Marcelo Crivella (PRB). Ambos são da base do governo da presidente Dilma Rousseff (PT).

Lula ainda exaltou os resultados da Petrobras entre a sua gestão e a de Dilma. "Em oito anos, tiramos mais petróleo do pré-sal do que em 31 anos", afirmou, garantindo ainda que a meta é produzir 4,2 bilhões de barris por dia até 2020. "Com esses resultados, quem é que não vai cumprir?", questionou.

Inflação

Lula também afirmou que a economia não está crescendo tanto quando ele e Dilma gostariam que crescesse.

"Mas olhem quantos países do G-20 estão crescendo mais do que nós. São poucos", frisou o ex-presidente, citando ainda que países como Espanha e Itália têm metade de seus jovens desempregados. Lula ainda criticou economistas que avaliam que a inflação está fora de controle.

"Estamos há 11 anos com inflação dentro da meta", assegurou.

"O Brasil não vai regredir. Vai continuar avançando, para a desgraça de nossos adversários."

Segundo Lula, ele escolheu a atual presidente, Dilma Rousseff (PT), como sua sucessora porque "não via a Presidência da República como um clube de amigos".

"É preciso pulso firme para fazer as coisas acontecerem neste país", justificou.

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