30.01.2025 - Presidente da República, Luiz Inácio da Silva, durante coletiva à imprensa, no Palácio do Planalto. Brasília - DF Foto: Ricardo Stuckert / PR (Ricardo Stuckert/Flickr)
Agência de notícias
Publicado em 30 de janeiro de 2025 às 13h37.
Última atualização em 30 de janeiro de 2025 às 13h40.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira que pretende "melhorar a relação com os Estados Unidos" e pediu que o novo presidente, Donald Trump, "respeite o Brasil".
"Da minha parte, o que eu quero é melhorar a relação com os Estados Unidos. Exportar mais, se for necessário. Importar mais, se for necessário. E a gente manter a nossa relação, que é de 200 anos", afirmou, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.
De acordo com Lula, se houver uma relação de respeito, "está de bom tamanho".
"Eu quero respeitar os Estados Unidos e quero que o Trump respeite o Brasil. É só isso. Se isso acontecer, está de bom tamanho".
Isenção do IR a R$ 5 mil: Lula diz que faltam apenas ajustes para enviar proposta ao CongressoLula disse, por outro lado, que um eventual aumento nas taxas de produtos brasileiros será respondido com reciprocidade:
"É muito simples: se ele taxar os produtos brasileiros, haverá reciprocidade do Brasil".
O presidente brasileiro afirmou não se importar com as declarações de Trump demonstrando interesse em assumir o controle da Groenlândia e do Panamá, desde que ele "respeite a soberania de outros países".
“Se depender de mim, não tem outra medida fiscal”, diz Lula sobre ajuste nas contas públicas"Não me preocupo se ele vai brigar pela Groenlândia, se ele vai brigar pelo Golfo do México, se ele vai brigar pelo Canal do Panamá. Ele só tem que respeitar a soberania de outros países. Ele foi eleito para governar os Estados Unidos da América do Norte. E os outros presidentes foram eleitos para governar os seus países".
Lula ainda disse que não há "interesse", no momento, para um encontro entre os dois:
"Não há nenhum interesse agora, acho que nem meu e nem dele. Essas conversas só acontecem quando você tem interesse, alguma coisa para tratar. Eu mandei uma carta, para o governo americano, dando os parabéns pela vitória".
O presidente criticou a decisão do Trump de sair do Acordo de Paris e da Organização Mundial da Saúde (OMS).
"Obviamente que eu acho que esse negócio de descumprir o Acordo de Paris, dizer que não vai dinheiro para a OMS, é uma regressão (para) a civilização humana".