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Lula defende COP30 em Belém e diz que mercado vai regular preços de hotéis

Presidente Lula disse que a COP30 não será como as realizadas em capitais ricas e ressaltou caráter amazônico do evento

Luiz Inácio Lula da Silva: governo entrega ao Congresso o Orçamento de 2026 nesta sexta-feira (Ricardo Stuckert / PR/Divulgação)

Luiz Inácio Lula da Silva: governo entrega ao Congresso o Orçamento de 2026 nesta sexta-feira (Ricardo Stuckert / PR/Divulgação)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 9 de setembro de 2025 às 11h46.

Última atualização em 9 de setembro de 2025 às 14h23.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender a execução da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) em Belém, e minimizou a alta nos preços das hospedagens na capital durante o evento afirmando que o mercado pode se regular "para mais ou para menos".

"Eu não vou pagar hotel caro... se alguém está cobrando muito caro em Belém e alguém já comprou, é porque quer pagar. Nessa história, a gente tem que saber que o mercado pode regular para mais ou para menos"

Essa foi a fala do presidente em entrevista à Rede Amazônica, veiculada na manhã desta terça-feira.

A COP30 será diferente

O presidente reforçou que a edição não será igual às outras conferências do clima feitas em cidades ricas, como Paris. A reunião, que acontecerá na capital do Pará em novembro e reunirá líderes de diferentes nações e um público de 50 mil pessoas durante 12 dias, enfrenta uma crise devido aos preços elevados de hospedagem.

"Eu conheço a infraestrutura de Belém. Eu sei da dificuldade. Eu sei da falta de leito. (...) As pessoas não pensem que vai ser uma COP Paris, em Madrid, em Roma. Vai ser uma COP feita no coração da selva amazônica, inclusive com muito carapanã. Não é um desfile de COP, em que as pessoas vão querer comprar coisa, não. Lá a gente quer mostrar pra vocês a Amazônia"

Em julho, vários países sugeriram transferência de sede. A ONU pediu ao Brasil que subsidiasse os aluguéis para as delegações, mas o governo se recusou. Até agora, 68 dos 198 países participantes pagaram suas reservas.

Também em julho, o governo anunciou a contratação de dois navios de cruzeiro como unidades temporárias de acomodação na capital do Pará. A medida prevê a oferta de cerca de 3.900 cabines, com capacidade para até 6 mil pessoas, a bordo dos navios MSC Seaview e Costa Diadema.

O governo anunciou, em agosto, um grupo de trabalho para ajudar os delegados a conseguirem melhores condições.

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