Lula: no final de maio, Brasil e China assinaram uma declaração conjunta defendendo uma "resolução política" para a guerra entre Rússia e Ucrânia (FII Priority/Reprodução)
Agência de notícias
Publicado em 13 de junho de 2024 às 19h32.
Última atualização em 13 de junho de 2024 às 19h58.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender uma solução pacífica para o conflito entre Rússia e Ucrânia e criticou a falta de acordo entre os presidentes ucraniano e russo, Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin, dizendo que, se não conversam, é porque “estão gostando da guerra”.
Lula está na Suíça nesta quinta-feira, 13, para a 112ª Conferência Internacional do Trabalho, realizada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Após o encontro, a jornalistas, o presidente brasileiro comentou sobre a guerra que se arrasta há mais de dois anos no território ucraniano:
"Se o Zelensky diz que não tem conversa com o Putin, e o Putin diz que não quer conversa com o Zelensky... ou seja, é porque eles estão gostando da guerra. Porque, senão, já tinham sentado para conversar e tentar encontrar uma solução pacífica".
O petista negou fazer “defesa” de Putin, afirmando que o Brasil foi o primeiro país a criticar a Rússia pela invasão à Ucrânia. Recentemente, o presidente ucraniano sugeriu que Lula priorizava a aliança com Putin.
Lula também falou sobre a ausência na Conferência de Paz, cerimônia convocada pelo governo suíço ao qual foi convidado para discutir sobre o conflito. O presidente, que resolveu não participar após a Rússia não ser convidada, se reuniu nesta quinta com a presidente da Suíça, Viola Amherd.
"Eu tinha mandado carta para a presidenta [dizendo] que o Brasil não ia participar de uma cúpula que só tem um lado. As guerras são feitas por duas nações. Se quiser encontrar paz, tem de colocar os dois em um ambiente de negociação."
No final de maio, Brasil e China assinaram uma declaração conjunta defendendo uma "resolução política" para a guerra entre Rússia e Ucrânia. Além de uma lista de sugestões, como um aumento da ajuda humanitária e a proibição de uma ampliação das zonas de conflito, o texto determina que a Rússia também precisa estar incluída nas discussões sobre uma proposta de paz entre os dois países.