(Agência Câmara/Agência Câmara)
Redação Exame
Publicado em 13 de julho de 2023 às 16h37.
Última atualização em 13 de julho de 2023 às 16h56.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva formalizou a escolha do deputadol Celso Sabino (União Brasil-PA) como novo ministro do Turismo. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, 13, em nota enviada pela Secretaria de Comunição Social (Secom) da Presidência da República e acaba com o imbróglio entorno da saída de Daniela Carneiro (União Brasil-RJ) da pasta. A decisão também dá início ao processo de mudanças na Esplanada dos Ministérios, com o embarque do Centrão na gestão petista.
Em nota, a Secom informou que Lula teve reunião com Sabino e a nomeação para o Turismo sairá no "Diário Oficial" nos próximos dias. Daniela ficou no cargo por pouco mais de seis meses e ganhou duas sobrevidas à frente do ministério enquanto o governo não fechava a negociação com o União Brasil.
Na última sexta-feira, 7, ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, informou que há expectativa de a ex-chefe do Turismo assumir a vice-liderança do governo na Câmara dos Deputados.
A troca no Ministério do Turismo virou uma meta da articulação do governo depois de derrotas e riscos para o Planalto em votações na Câmara. Com uma bancada de 59 deputados, o União Brasil foi cobrado a entregar mais votos para pautas de interesse do Executivo, porque já tinha sido contemplado com três ministérios na formação do governo: Turismo, Comunicações e Desenvolvimento Regional. Mas a bancada do União na Câmara respondeu aos articuladores do presidente que não tinha sido responsável pela indicação de nenhum desses ministros.
Daniela era tratada como uma escolha pessoal de Lula, enquanto Desenvolvimento Regional é considerado uma indicação do senador Davi Alcolumbre (União-AP). Só a pasta de Comunicações é vista como uma premiação aos deputados do União.
Como Daniela recorreu à Justiça Eleitoral para deixar o União Brasil, o partido passou a pressionar o Planalto para trocá-la por Sabino. Padilha chegou a prometer que Lula faria essa mudança até o dia 21 de julho, mas a ministra conseguiu adiar o desembarque e negociar recompensas para uma espécie de "saída honrosa".