Brasil

Lula chora e grava áudio para vídeo que será divulgado pelo PT após prisão

Quem presenciou a cena atribuiu o choro ao tom emotivo da animação na qual Lula, em primeira pessoa, conta sua história desde a fuga da fome em Pernambuco

Lula na janela do Sindicato dos metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, dia 06/05/2018 (Facebook/Reprodução)

Lula na janela do Sindicato dos metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, dia 06/05/2018 (Facebook/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de abril de 2018 às 09h35.

Última atualização em 7 de abril de 2018 às 09h37.

São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva gravou a locução para um vídeo de animação produzido pelo PT para ser divulgado depois que o petista estiver preso. Segundo pessoas que acompanharam a gravação, os trabalhos foram interrompidos diversas vezes. A cada frase a voz de Lula ficava embargada. Conforme as informações, em ao menos uma dessas vezes ele chorou.

Quem presenciou a cena atribuiu o choro ao tom emotivo da animação na qual Lula, em primeira pessoa, conta sua história desde a fuga da fome em Pernambuco em um caminhão pau-de-arara ao lado da mãe, dona Lindu, e cinco irmãos, até a trajetória como líder sindical, a fundação do PT e a chegada à Presidência da República. "Não tenho medo do que vem no futuro", diz Lula no vídeo.

Várias pessoas que estava na sala de gravação também foram aos prantos junto com o ex-presidente. Diversos parentes de Lula estiveram na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP) na sexta-feira (6), onde ele está. Entre eles, os irmãos Frei Chico, Vavá (em uma cadeira de rodas em razão de uma perna amputada em decorrência de diabetes) e Maria. Os filhos Fábio Lula e Lurian também estavam com o pai e passaram a madrugada dormindo com ele.

Acompanhe tudo sobre:Luiz Inácio Lula da SilvaPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

'Alunos estão pedindo dinheiro de volta', diz representante das autoescolas sobre mudanças na CNH

Felca será ouvido pelo Senado sobre adultização de menores em plataformas digitais

Michel Misse, sociólogo renomado da UFRJ, morre aos 74 anos após batalha contra câncer

Hugo Motta descarta aprovação de anistia para envolvidos no 8 de janeiro: 'não há clima'