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Lula atuou para viabilizar obras em Cuba, diz Odebrecht

O Porto de Mariel, na ilha, foi orçado em US$ 957 milhões, dos quais US$ 682 milhões saíram do BNDES

Lula: o ex-presidente já é investigado por suposto tráfico de influência envolvendo a obra (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL/Agência Brasil)

Lula: o ex-presidente já é investigado por suposto tráfico de influência envolvendo a obra (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de abril de 2017 às 22h01.

Última atualização em 11 de abril de 2017 às 22h09.

O empresário Marcelo Odebrecht revelou, em delação premiada, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT-MG), atuaram politicamente para viabilizar a contratação do grupo para obras no Porto de Mariel, em Cuba.

O depoimento de Odebrecht, complementado por delações do patriarca do grupo, Emilio, e do diretor João Carlos Mariz Nogueira, foi encaminhado ao ministro relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, que reconheceu incompetência para apreciar o caso e autorizou o encaminhamento dos depoimentos à Procuradoria da República do Distrito Federal.

Lula já é investigado por suposto tráfico de influência envolvendo a obra.

O empreendimento foi orçado em US$ 957 milhões - dos quais US$ 682 milhões saíram do BNDES.

O julgamento de ação envolvendo o caso está sob competência do juiz federal Marcelo Rebello Pinheiro, da 16ª Vara Federal/DF.

“Segundo o Ministério Público, os colaboradores apontam a atuação de agentes públicos para auxiliar o financiamento e a execução de obras em Cuba pelo Grupo Odebrecht. Marcelo Bahia Odebrecht teria narrado a atuação política de Fernando Pimentel e Luiz Inácio Lula da Silva a fim de que fossem viabilizadas as obras da companhia no Porto de Mariel em Cuba, informações que teriam sido complementadas por João Carlos Mariz Nogueira e Emílio Alves Odebrecht”, anotou Fachin.

Acolhendo solicitação da Procuradoria-Geral da República, o ministro manteve sigilo dos termos dos autos.

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