Precatórios: aumento percentual foi de 41,3% em relação ao acumulado de 2021, quando as dívidas somaram R$ 101 bilhões (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Repórter especial de Macroeconomia
Publicado em 14 de maio de 2024 às 21h44.
Com a mudança, o chefe da Secom passará a ser Laércio Portela, que foi secretário-adjunto de Imprensa da Secom no governo Dilma Rousseff.
O governo cogitou criar uma autoridade pública, nos moldes da Autoridade Pública Olímpica, mas preferiu dar status de Ministério ao órgão. Pimenta, que tem pretensões de ser candidato a governador do Rio Grande do Sul em 2026, tem proximidade com Lula e quer se cacifar para a próxima disputa eleitoral.
A mudança também ajuda o presidente da República no processo de mudanças que pretende realizar na Secom. Como mostrou a EXAME, Lula tem se queixado dos problemas de comunicação do seu governo. A comunicação do governo dispõe de um orçamento milionário, mas apesar da abundância de recursos, a avaliação é de que o marketing governista é ultrapassado, nos mesmos moldes das gestões anteriores, com linguagem ideológica.
Sem peças e campanhas publicitárias modernas, a gestão petista tem perdido a batalha nas redes sociais, não se comunica com a classe média, com eleitores mais jovens, evangélicos e com o agronegócio, na opinião desses interlocutores.
A polarização com o bolsonarismo provocou uma ruptura de Lula com líderes evangélicos e do agronegócio. Mesmo que faça acenos para esses públicos, alguns aliados do presidente da República avaliam que uma reaproximação não deve ocorrer.