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Luiza Trajano cria movimento para eleger Congresso Nacional 50% feminino

A iniciativa está dentro do Grupo Mulheres do Brasil, criado e presidido pela empresária, e que tem o objetivo de engajar a sociedade civil na conquista de melhorias para as mulheres

Luiza Trajano: empresária não será candidata. (Conecta/Divulgação)

Luiza Trajano: empresária não será candidata. (Conecta/Divulgação)

GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 3 de maio de 2022 às 17h21.

Última atualização em 3 de maio de 2022 às 21h02.

Com o objetivo de elevar para 50% o número de cadeiras ocupadas por mulheres no Congresso Nacional, a empresária Luiza Trajano, do Magazine Luiza, criou o movimento chamado “Pula Pra 50”. A iniciativa está dentro do Grupo Mulheres do Brasil, criado e presidido por ela, e que tem o objetivo de engajar a sociedade civil na conquista de melhorias para as mulheres no país.

“A responsabilidade pode ser do poder público e pode ser nossa. Estamos lançando o Pula Pra 50. Queremos 50% de mulheres no Senado, na Câmara Federal, nas assembleias e nas câmaras de vereadores até 2032. Eu comecei a falar sobre isso antes da pandemia. Se a gente propor 50%, ninguém vai mais nos propor 10% ou 15%, e aumentamos a régua”, disse Luiza Trajano durante evento da Conecta, realizado na última semana (leia mais abaixo sobre o evento).

Os números oficiais mostram que as mulheres ocupam 16% das cadeiras nas câmaras de vereadores, 15% das assembleias estaduais, 15% na Câmara, e 13% no Senado. No Poder Executivo, 12% são prefeitas, e 3,7% governadoras. Na disputa presidencial, há somente uma mulher entre os pré-candidatos.

Em entrevista à EXAME, Luiza Trajano disse que não é candidata e que o trabalho dentro do Mulheres do Brasil a impede de estar ligada a algum partido político, por ser um movimento apartidário. “Sei que muita gente acha ruim, que muita gente torceu. Eu sofri muita pressão e foi muito difícil dizer não ao Brasil formalmente”, disse.

Além de querer elevar o número da bancada feminina no Poder Legislativo, a empresária também disponibiliza um documento para que as mulheres eleitas se comprometam com algumas causas, independentemente de partido ou posição política.

Ao todo, mais de mil mulheres ocupantes de cargo público assinaram o compromisso que tem, entre outras premissas, a defesa dos direitos humanos, da democracia, e apoio a ações afirmativas transitórias que visem reparação de desigualdades históricas.

VEJA TAMBÉM:

Formação de mulheres líderes

Luiza Trajano participou da formatura das duas primeiras turmas do projeto Conecta, aceleradora de mulheres na política, com mais de 200 participantes, de 31 partidos. O objetivo da iniciativa foi a de fornecer conhecimentos sobre liderança, marketing digital, política e gestão pública ao público feminino que quer estar presente já nas eleições de outubro deste ano.

“Não podemos aceitar a baixa representação feminina em cargos públicos. É nosso papel desenvolver e apoiar mulheres dispostas a assumir esse desafio como sociedade, especialmente em ano eleitoral. O trabalho da Conecta é um passo importante para que tenhamos um número maior de candidaturas femininas competitivas e uma democracia mais inclusiva”, disse Luana Tavares, fundador da Conecta.

Veja como foi o evento

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