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Luciano Bivar indica que União Brasil pode deixar grupo da 3ª via

Integrantes da legenda defendem que aliança só prospere se o partido, dono do maior fundo eleitoral e tempo de TV, assumir a cabeça da chapa única

Luciano Bivar, presidente nacional do União Brasil (Michel Jesus/Agência Câmara)

Luciano Bivar, presidente nacional do União Brasil (Michel Jesus/Agência Câmara)

AO

Agência O Globo

Publicado em 27 de abril de 2022 às 17h47.

Última atualização em 27 de abril de 2022 às 18h46.

A três semanas da data estipulada pelo grupo de partidos da chamada terceira via para definir uma candidatura única, o pré-candidato do União Brasil, Luciano Bivar (DF), indicou que a legenda da qual é ex-presidente pode deixar a aliança caso não encontre um consenso com as demais siglas. O União Brasil deve discutir o assunto em reunião na semana que vem.

O ex-juiz e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro abandonou o projeto presidencial no Podemos e se filiou ao União Brasil no mês passado.

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Quando perguntado sobre as dificuldades de entendimento entre o seu partido e MDB, PSDB e Cidadania, o dirigente reconheceu os percalços e citou a possibilidade de seguir com candidatura independente do União Brasil.

"Pelo tamanho que é, o União Brasil tem uma responsabilidade grande de oferecer uma alternativa e certamente vai oferecer uma alternativa. Não vamos ficar omissos na situação em que o país está", disse Bivar ao O Globo nesta quarta-feira.

Ontem, a reunião entre dirigentes do União Brasil, MDB, PSDB e Cidadania em Brasília terminou sem avanços sobre os critérios para a escolha do candidato único. Alguns integrantes do grupo já admitiam buscar alternativas para a candidatura própria à Presidência da República.

Desde que foi confirmado como pré-candidato do União Brasil, Bivar se afastou das negociações, que agora estão sendo conduzida pelo vice-presidente da sigla Antonio de Rueda e o líder do partido na Câmara, Elmar Nascimento (BA).

Uma nova reunião com os partidos está marcada para a próxima semana, mas os integrantes do União Brasil não demonstram otimismo de a aliança prosperar. Os partidos prometeram anunciar um candidato único no dia 18 de maio, mas os critérios ainda não foram definidos.

Internamente, parlamentares já vinham defendendo que o União Brasil só aceitasse compor uma candidatura única se o candidato do partido, dono do maior fundo eleitoral e tempo de TV, ficasse com a cabeça de chapa. Sem acordo, parlamentares da legenda defendem até mesmo que o União Brasil lance uma candidatura puro-sangue, com o vice também da legenda.

Ao manter uma candidatura própria, o partido de Luciano Bivar também acalma os ânimos nos estados que não querem apoiar o ex-presidente Lula (PT) nem o presidente Jair Bolsonaro (PL), que lideram as pesquisas de intenção de votos e polarizam a disputa. O partido tem pré-candidatos ao governo em 12 estados.

Bivar diz que o União Brasil tem “responsabilidade com a preservação das instituições do país e com o estado do direito” e que é com “este sentimento que nós precisamos efetivamente em dar alternativa ao povo brasileiro.” Além disso, cita que o partido propõe uma alternativa econômica, com a simplificação tributária e a criação de um imposto único para quem ganha até cinco salários mínimos.

"Esse projeto está pronto, está acabado, a gente (União Brasil) tem conteúdo. Não só ideias, como tamanho e conteúdo. É isso que o União Brasil tem. Agora a gente quer muito que outros partidos se aliem a nós", disse.

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