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Lobista diz que pagou propina a deputado na CPI da Petrobras

Luiz Sérgio (PT-RJ) atuou para que o lobista Zwi Skornicki não fosse convocado a depor na CPI da Petrobrás de 2015


	CPI: Luiz Sérgio era relator da Comissão Parlamentar de Inquérito que apurava fraudes na estatal
 (Lula Marques/ Agência PT/Fotos Públicas)

CPI: Luiz Sérgio era relator da Comissão Parlamentar de Inquérito que apurava fraudes na estatal (Lula Marques/ Agência PT/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2016 às 14h16.

São Paulo - O lobista Zwi Skornicki, delator da Lava Jato, afirmou à Procuradoria-Geral da República que o deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) atuou para que ele não fosse convocado a depor na CPI da Petrobrás de 2015.

Luiz Sérgio era relator da Comissão Parlamentar de Inquérito que apurava fraudes na estatal.

Na decisão que homologou o acordo de delação de Zwi, o ministro Teori Zawascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), transcreveu trecho de requerimento do Ministério Público Federal.

"Com relação à participação de autoridades com prerrogativa de foro, o colaborador, em seus termos 11 e 13, afirmou que a empresa Keppel pagou parte da propina ajustada com João Vaccari (ex-tesoureiro do PT) em nome do Partido dos Trabalhadores para o deputado Luiz Sérgio Nóbrega de Oliveira. Este mesmo parlamentar teria intercedido para a não convocação do colaborador à CPI da Petrobras", afirma a Procuradoria.

Teori destaca ainda outro trecho do requerimento do Ministério Público Federal. "Embora o referido parlamentar não consta ainda no rol de investigados da Lava Jato, os fatos trazidos pelo colaborador impactam diretamente (pelo menos e por ora) a investigação em curso", aponta o documento.

Em 22 de outubro do ano passado, a CPI da Petrobras aprovou o relatório final apresentado pelo deputado Luiz Sérgio. O relatório foi aprovado por 17 a 9, com uma abstenção, conforme informou a Câmara na ocasião.

O relatório de Luiz Sérgio isentou de responsabilidade em irregularidades na Petrobras o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a então presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli.

A reportagem tentou contato com o deputado Luiz Sérgio por telefone e por e-mail, mas ainda não houve retorno. O espaço está aberto para manifestação.

O criminalista Luiz Flávio Borges D’Urso, defensor de João Vaccari Neto, tem reiterado que o ex-tesoureiro do PT jamais recebeu propinas. Vaccari está preso desde abril de 2015.

O ex-tesoureiro já foi condenado pelo juiz Sérgio Moro por corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo D’Urso, todos os valores arrecadados por seu cliente foram destinados ao PT e declarados à Justiça Eleitoral.

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