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Lira vai criar quinta CPI para acomodar deputados que ficaram fora das já instaladas

O PT, dono da segunda maior bancada, está fora do comando dos colegiados já anunciados; nova comissão mira criptoativos

Câmara dos Deputados: Apesar de ser pleitado pelos petistas, o comando da CPI das Criptomoedas também é desejado por outros partidos (Bruno Spada/Câmara dos Deputados/Flickr)

Câmara dos Deputados: Apesar de ser pleitado pelos petistas, o comando da CPI das Criptomoedas também é desejado por outros partidos (Bruno Spada/Câmara dos Deputados/Flickr)

Agência o Globo
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Publicado em 15 de maio de 2023 às 13h42.

Última atualização em 15 de maio de 2023 às 13h43.

Prestes a iniciar os trabalhos das CPIs do MST, Apostas Esportivas e Americanas, além da CPMI dos Atos do Dia 8 de Janeiro, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também deve instalar nesta semana o colegiado das Criptomoedas. O objetivo é acomodar políticos e partidos que ficaram de fora das comissões já criadas, entre eles os petistas que reclamam de não terem ficado com o comando de nenhuma CPI e serem alvos de possíveis constrangimentos de oposicionistas. A CPI do MST, por exemplo, ficará a cargo da oposição, com Luciano Zucco (Republicanos-RS) e Ricardo Salles (PL-SP) na presidência e relatoria, respectivamente.

A das Apostas esportivas tem como certo o nome de Felipe Carreras (PSB-PE) como relator, enquanto o favorito para a presidência é André Fufuca, do PP de Lira. Já a das Americanas terá o MDB em uma das cadeiras, em um acordo com outro partido de Centro. O mesmo deve ocorrer com a CPMI dos Atos do Dia 8, que deverá ter Arthur Maia, do União Brasil, na presidência, enquanto indicação para a relatoria ainda é alvo de disputas no Senado.

Apesar de ser pleitado pelos petistas, o comando da CPI das Criptomoedas também é desejado por outros partidos, como o Solidariedade, do autor do requerimento, Aureo Ribeiro (RJ), que pede a presidência. A relatoria também é cobiçada pela federação PSDB/Cidadania.

O que a CPI das Criptomoedas quer investigar

Segundo o requerimento, há mais de 200 empresas que operam pirâmides financeiras com criptomoedas no Brasil. O documento assinado por Aureo diz que a CPI das criptomoedas vai “investigar indícios de operações fraudulentas sofisticadas na gestão de diversas empresas de serviços financeiros que prometem gerar patrimônio por meio de gestão de criptomoedas, com divulgação de informações falsas sobre projetos ou serviços e promessa de rentabilidade anormalmente alta ou garantida".

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