PEC do voto impresso: como se trata de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), para a mudança ser aprovada precisa do apoio de 308 dos 513 deputados em dois turnos de votação (Adriano Machado/Reuters)
Reuters
Publicado em 6 de agosto de 2021 às 18h08.
Última atualização em 6 de agosto de 2021 às 19h33.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta sexta-feira que levará a proposta sobre a implantação de um voto impresso para urnas eletrônicas nas eleições ao plenário da Casa, apesar de a proposta ter sido derrotada em comissão especial sobre o tema na véspera.
Lira disse que a decisão visa pacificar as eleições de 2022, depois que o tema do voto impresso se tornou motivo de enorme tensão entre o presidente Jair Bolsonaro --ferrenho defensor da proposta-- e a cúpula do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que defende a lisura do sistema atual.
"Voto impresso está pautando o Brasil, não é justo com o país", disse Lira em pronunciamento transmitido pela TV Câmara.
"Para quem fala que democracia está em risco, não há nada mais livre, amplo e representativo do que deixar o plenário manifestar-se", acrescentou.
Na véspera, a comissão especial da Câmara rejeitou por 23 votos a 11 a adoção do voto impresso pelas urnas eletrônicas, em uma importante derrota para Bolsonaro.
Como se trata de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), para a mudança ser aprovada precisa do apoio de 308 dos 513 deputados em dois turnos de votação e depois, também em duas rodadas, os votos de 49 dos 81 senadores.
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