Brasil

Lira acha que antecipar receitas extraordinárias é bom caminho, diz líder do PT

O texto original da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) deixa fora das regras fiscais até 6,5% das receitas extraordinárias do governo

 (Michel Jesus/Agência Câmara)

(Michel Jesus/Agência Câmara)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de dezembro de 2022 às 14h14.

O líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (MG), afirmou nesta segunda-feira, 5, que o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), acha que a antecipação das receitas extraordinárias para este ano "é um bom caminho". O texto original da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) deixa fora das regras fiscais até 6,5% das receitas extraordinárias do governo, com base em dados de 2021, para direcionar esses recursos a investimentos públicos, mas apenas a partir de 2023. O impacto pode chegar a até R$ 23 bilhões.

As negociações caminham para excepcionalizar essas receitas este ano, especialmente após o presidente da República, Jair Bolsonaro, bloquear o pagamento do orçamento secreto no ano passado.

Assine a EXAME por menos de R$ 0,37/dia e acesse as notícias mais importantes do Brasil em tempo real.

As emendas de relator são um ponto crucial para Lira conseguir viabilizar sua reeleição ao cargo em fevereiro do ano que vem.

Como o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mostrou mais cedo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), resolveu impor uma condição para o texto passar assim na Casa: que Lira apoie, mesmo indiretamente, sua manutenção no posto homólogo.

O Broadcast Político também já mostrou que Lira já falou sobre o assunto na semana passada com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, que deu seu aval.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, resta mais de R$ 7 bilhões em emendas a serem pagas este ano.

LEIA TAMBÉM: 

Acompanhe tudo sobre:Arthur LiraGovernoLuiz Inácio Lula da Silva

Mais de Brasil

'Tentativa de qualquer atentado contra Estado de Direito já é crime consumado', diz Gilmar Mendes

Entenda o que é indiciamento, como o feito contra Bolsonaro e aliados

Moraes decide manter delação de Mauro Cid após depoimento no STF

Imprensa internacional repercute indiciamento de Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe