Brasil

Linha 6-Laranja do Metrô: escavação será retomada 6 meses após cratera

O acidente ocorreu nas imediações da Ponte do Piqueri, zona oeste de São Paulo

A estimativa é de transportar mais de 600 mil pessoas por dia. (TIAGO QUEIROZ/Estadão Conteúdo)

A estimativa é de transportar mais de 600 mil pessoas por dia. (TIAGO QUEIROZ/Estadão Conteúdo)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de julho de 2022 às 17h46.

Seis meses após desmoronamento em uma obra da Linha-6 Laranja do Metrô que abriu uma cratera no canteiro da Marginal do Tietê, o governo de São Paulo anunciou nesta quinta-feira, 21, que a máquina tuneladora, popularmente conhecida como tatuzão, deve retomar escavações no sentido sul em agosto. Quanto ao inquérito das causas do incidente, ainda não há previsão de conclusão. O cronograma de entrega da obra completa foi mantido para final de 2025.

O acidente ocorreu nas imediações da Ponte do Piqueri, zona oeste de São Paulo. De acordo com o governo, o problema foi causado pelo rompimento de uma coletora de esgoto. O motivo da ruptura não foi esclarecido. Não houve vítimas.

A linha terá 15,3 km de extensão e é fruto de uma parceria público-privada (PPP) do Estado com a concessionária Linha Universidade. Conectando Brasilândia, na zona norte, até a região da Liberdade, no centro, terá 15 estações. A estimativa é de transportar mais de 600 mil pessoas por dia.

"Fiz também uma visita ao túnel que passa embaixo do Rio Tietê, onde no mês de agosto teremos o reinício da perferução do tatuzão no sentido centro e, até o início de novembro, o início da perfuração da obra da Linha-6 no sentido norte", disse o governador Rodrigo Garcia (PSDB), no canteiro da futura estação Santa Marina, na Água Branca, a mais adiantada. No local, cerca de 40% das obras já estão concluídas. Ele destacou que, apesar do incidente, "a obra não parou" e outras frentes de obras foram fortalecidas para que o cronograma seja cumprido.

Nos seis meses que se passaram, o foco da construtora foi em realizar o esgotamento da água e recuperar as estruturas no local do acidente, para poder retirar o tatuzão e iniciar a reparação, conforme destacou Lucio Mateucci, diretor adjunto do grupo espanhol Acciona responsável pela obra. "A máquina segue em reparação e a previsão é de que ao final de agosto, chegando todos os materiais que ainda faltam serem importados, a gente retome a escavação da máquina que vai sentido sul e vai escavar 10 km."

Quanto ao inquérito sobre o que de fato causou o acidente, Garcia destacou que ainda não há previsão para conclusão do levantamento que depende de "engenharia sofisticada". Segundo ele, os laudos estão sendo feitos pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e as investigações, acompanhadas por "todos os órgãos de Estado e de controle".

Em relação ao impacto financeiro, o governador destacou que, por ora, a concessionária tem arcado com todos os valores - que não foram informados durante a coletiva. "Ao final da investigação, se houver alguma responsabilização por parte do Estado ou por parte da concessionária, os gatilhos do contrato serão acionados com objetivo de reparação de dano."

Acompanhe tudo sobre:Metrô de São Paulo

Mais de Brasil

Moraes deve encaminhar esta semana o relatório sobre tentativa de golpe à PGR

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo