Olimpíadas: obras de energia para o evento estão estimadas em R$ 152,7 milhões (Clive Mason/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 23 de julho de 2014 às 18h39.
Brasília - Apesar de o Tribunal de Contas da União (TCU) ter alertado para o risco de atrasos nas obras de fornecimento de eletricidade para os equipamentos esportivos que atenderão aos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro, a Light garante que todo o cronograma de empreendimentos já entrou no ritmo adequado.
Para a companhia de distribuição fluminense, a experiência adquirida pela cidade com a Copa do Mundo - sem a ocorrência de nenhum incidente grave no suprimento de energia - ajudará no planejamento dos próximos grandes eventos sediados no município.
As obras de energia para o evento estão estimadas em R$ 152,7 milhões.
Embora o TCU tenha avaliado em maio que havia atrasos significativos nos projetos para o atendimento elétrico do Parque Olímpico da Barra e do Complexo de Deodoro, o diretor de distribuição da Light, Ricardo Rocha, argumentou que nas últimas semanas foram concluídos os últimos detalhes sobre os locais que acolherão modalidades esportivas durante os jogos e suas respectivas demandas por energia.
"Definidos esses locais e demanda de cada um, a execução do planejamento e das obras entrou no ritmo adequado", afirmou.
De acordo com o diretor, além das obras, o planejamento de ações em torno dos Jogos Olímpicos é um desafio diferente do experimentado pela companhia durante a Copa do Mundo, mas pode se beneficiar de medidas que já deram certo durante o Mundial de Futebol.
"Tudo o que criamos e implementamos para a Copa será fundamental e muito útil para a Olimpíada, embora os jogos agora se espalhem por toda a cidade do Rio", comentou.
Durante a Copa do Mundo que se encerrou no último dia 13, a Light realizou um monitoramento em tempo real dos deslocamentos das delegações das equipes participantes, das autoridades convidadas e dos grandes fluxos de torcedores.
"Colocamos equipes de plantão nos principais pontos turísticos, nas regiões dos hotéis, nos locais de transmissão das emissoras de TV e nos centros de treinamento. E ainda precisávamos garantir que a população em geral pudesse assistir às partidas sem a interrupção no serviço", completou Rocha.
Segundo ele, até mesmo nove grupos de geradores de energia chegaram a ser espalhados em pontos estratégicos da cidade, mas nenhum precisou ser acionado.
"Colocamos cerca de mil funcionários de plantão nos dias de jogos da Seleção Brasileira ou de partidas no Maracanã, muitos deles dentro das próprias subestações para qualquer eventualidade", acrescentou o diretor, que adiantou que ações semelhantes devem ser adotadas a partir de agora em eventos importantes como as eleições, o Réveillon e o Carnaval.