Bueiro no Rio: de acordo com o Ministério Público, há risco de explosão em toda a cidade (Selmy Yassuda/VEJA Rio)
Da Redação
Publicado em 18 de julho de 2011 às 13h17.
São Paulo - A concessionária de energia Light afirmou hoje, em nota, que prestará assistência ao homem ferido pela explosão de mais um bueiro no Rio de Janeiro. A explosão ocorreu mais cedo, na Rua Camuirano, perto da Rua Voluntários da Pátria, em Botafogo, na zona sul da cidade.
O acidente feriu a mão de um porteiro que trabalha no prédio localizado no número 153 da rua, em frente ao bueiro. Ele foi encaminhado para o Hospital Miguel Couto, no Leblon, também na zona sul. A explosão também causou danos a uma moto que estava na rua, mas o dono dela não se feriu. A Light informou que adotará as providências em relação aos danos materiais.
A concessionária enviou uma equipe para analisar as causas do acidente e afirmou, em nota, que houve o deslocamento da tampa de uma caixa subterrânea da própria companhia, além de outra pertencente a uma concessionária de telefonia. Um laudo indicará as causas da ocorrência. O fornecimento de energia elétrica está interrompido para o prédio número 153 da Rua Camuirano, no qual será instalado um gerador.
De acordo com o Centro de Operações do Rio, uma faixa da Rua Voluntários ficou bloqueada ao tráfego de 8h30 até as 9h55. A área ficou isolada para que os peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli examinassem o local.
Riscos
Neste mês, foi constatado que há risco de explosão em todas as 4 mil câmaras subterrâneas de transformação da Light no Rio de Janeiro - em 1.170 delas, a situação é considerada "mais crítica". De acordo com o Ministério Público do Estado, são áreas de grande concentração urbana, em que existe volume maior de energia nos transformadores e por onde passam tubulações antigas de gás.
A concessionária de energia se recusou a divulgar a relação desses locais considerados prioritários, que promete reformar até dezembro. O MP informou apenas que 582 ficam no centro e 588 na zona sul (Copacabana, Ipanema e Leblon). "Estamos priorizando as mais sensíveis, com risco de explosão de maior impacto", informou o promotor Pedro Rubim, no começo do mês. Segundo o MP, a Light alegou que a divulgação da localização de cada um desses bueiros poderia causar pânico e desvalorização de imóveis nos endereços.