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Líderes da Câmara defendem moção de repúdio aos EUA

Líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia, informou que está trabalhando para que a Casa aprove uma moção de repúdio ao governo dos Estados Unidos


	Arlindo Chinaglia: “O que o Parlamento precisa fazer é mostrar para os EUA e para todas as nações que isso não pode acontecer nem conosco, nem com ninguém”
 (Luis Macedo / Câmara dos Deputados)

Arlindo Chinaglia: “O que o Parlamento precisa fazer é mostrar para os EUA e para todas as nações que isso não pode acontecer nem conosco, nem com ninguém” (Luis Macedo / Câmara dos Deputados)

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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2013 às 21h36.

Brasília - Líderes partidários da Câmara dos Deputados criticaram a espionagem norte-americana a dados da presidente Dilma Rousseff.

O líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), informou que está trabalhando para que a Casa aprove uma moção de repúdio ao governo dos Estados Unidos, além de outras medidas como forma de condenar a espionagem.

“Defendo uma nota formal de repúdio ou da Mesa da Câmara ou de preferência aprovada pelo plenário. Eu pretendo de hoje para amanhã trabalhar na redação [da nota], conversando com líderes da base e da oposição, porque não se trata de uma questão de governo, se trata de uma questão de Estado, além de fazer ações nos espaços de parlamentos que atuamos mais diretamente”, disse Chinaglia.

“O que o Parlamento precisa fazer é mostrar para os EUA e para todas as nações que isso não pode acontecer nem conosco, nem com ninguém”, acrescentou.

O líder do PSB, deputado Beto Albuquerque (RS), também defendeu uma reação do governo brasileiro com a cobrança de explicações dos norte-americanos. “Reprovamos totalmente esse comportamento, a pretexto da segurança mundial do governo americano, bisbilhotar a soberania dos países, das autoridades dos países como ficou evidente inclusive a presidente da República e os assessores”.

De acordo com Albuquerque, está claro que os EUA não tinham limite moral e ético para bisbilhotar interesses de empresas, de poderes de países, é preciso reagir. “É preciso pensarmos, juntos, uma devida reação acima de tudo cobrando explicações do governo americano. Está claro que o que os EUA bisbilhotam muito mais pelos seus interesses econômicos do que pela segurança”.

O líder petista, deputado José Guimarães (CE), defende também uma manifestação explícita do Congresso (Câmara e Senado) contra a atitude dos Estados Unidos. Segundo ele, foi uma ação que atingiu a soberania nacional e que o Brasil não pode ficar calado. “Jamais o Brasil poderia ter sido submetido a essa chantagem política. A essa ação deletéria do governo norte-americano, além do mais a presidente Dilma ter sua vida bisbilhotada é algo inaceitável”.

Guimarães defendeu também a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar todo o esquema de espionagem americano. Ele também quer que o governo reaja com firmeza. “Acho que o nosso governo tem que agir a altura nos fóruns internacionais para exigir no mínimo uma retratação do governo norte-americano”.

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