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Líderes da base aliada manifestam apoio a Padilha após reunião

O ministro da Casa Civil comandou a reunião, em seu primeiro dia de trabalho depois de retornar de licença médica de 21 dias

Eliseu Padilha: durante sua ausência para tratamento de saúde, o ministro Eliseu Padilha foi alvo de denúncias de delatores na Operação Lava Jato (Valter Campanato/Agência Brasil)

Eliseu Padilha: durante sua ausência para tratamento de saúde, o ministro Eliseu Padilha foi alvo de denúncias de delatores na Operação Lava Jato (Valter Campanato/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de março de 2017 às 22h21.

Brasília - Após reunião com todos os líderes da base aliada no Planalto para discutir a estratégia de defesa da reforma da Previdência em tramitação na Câmara, o líder do governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), saiu em defesa do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.

O ministro comandou a reunião, em seu primeiro dia de trabalho depois de retornar de licença médica de 21 dias.

"O ministro Padilha tem a nossa confiança", declarou André Moura. E emendou, salientando que falava em nome de todos os líderes aliados: "Eu entendo que ele, e hoje isso foi demonstrado claramente, tem um papel fundamental e goza da confiança de todos nós".

O líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), endossou as palavras de Moura. "Contamos com o apoio indispensável do ministro Padilha", declarou.

Durante sua ausência para tratamento de saúde, o ministro Eliseu Padilha foi alvo de denúncias de delatores na Operação Lava Jato.

Se viu também atacado pelo ex-assessor do presidente Michel Temer José Yunes, que disse ter sido usado como "mula involuntária" por Padilha, no recebimento de dinheiro de caixa 2 de campanha, em 2014.

A reunião com os líderes, presidida por Padilha, durou cerca de duas horas e meia. O líder André Moura disse ainda que Padilha não deu explicações aos deputados sobre as denúncias. "Não se falou sobre o tema", observou Moura.

Questionado se as denúncias contra Padilha, que está à frente das negociações da reforma da Previdência com o Congresso, podem atrapalhar as votações, Moura afirmou que não. "Nada deve atrapalhar a reforma. Ela é a prioridade para o País", disse ele, acrescentando que "questões externas" não podem "contaminar"as votações e discussões.

Nesta terça-feira, 14, nova reunião com líderes será comandada por Padilha no Planalto. Desta vez, o relator da PEC na Câmara, Arthur Maia (PPS-BA), que está resistente à reforma e já disse que o texto, como está, não passará na Câmara, estará presente ao encontro.

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