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Líder do PT teme criminalização de movimento social com CPI

A proposta de CPMI para investigar os black blocs foi apresentada nesta terça-feira pelo líder do Solidariedade na Câmara, Fernando Francischini (PR)


	Vicentinho: deputado disse que PT está preocupado com possibilidade de investigação de denúncias de aliciamento de manifestantes servir para criminalizar movimentos sociais
 (Renato Araujo/Agência Brasil)

Vicentinho: deputado disse que PT está preocupado com possibilidade de investigação de denúncias de aliciamento de manifestantes servir para criminalizar movimentos sociais (Renato Araujo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2014 às 20h50.

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Vicentinho (SP) disse hoje (18) que o partido vê com ressalvas a tentativa de criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar os black blocs.

A proposta de CPMI foi apresentada nesta terça-feira pelo líder do Solidariedade na Câmara, Fernando Francischini (PR).

De acordo com Francischini, a iniciativa foi encampada pelo PMDB. Se for instalada, a comissão parlamentar investigará se pessoas estão sendo aliciadas para promover quebra-quebra durante manifestações nas ruas.

Vicentinho disse que o PT está preocupado com a possibilidade de a investigação das denúncias de aliciamento de manifestantes servir para criminalizar os movimentos sociais.

"Continuamos muito preocupados com a possibilidade de criminalização dos movimentos. Claro que há uma diferença entre quem vai para o movimento praticar um ato criminoso e aquele que, por alguma razão, de maneira indignada, reage de modo até parecido com o ato criminoso, mas não foi programado, e o legislador tem que ter preocupação e cuidado com isso", disse o líder petista.

Segundo Francischini, a proposta de criação da CPMI já obteve apoio de dez partidos na Câmara. Para que a comissão parlamentar seja instalada, são necessárias 171 assinaturas de deputados e 27 de senadoresI.

Para o petista, é preciso ainda aguardar os desdobramentos das investigações policiais sobre o eventual aliciamento de manifestantes, antes de se falar em instalar uma CPMI. "É por isso que nós não vamos assumir uma CPI enquanto não houver um profundo entendimento, porque senão vamos cair na rede daqueles que condenam de maneira indiscriminada o movimento social", afirmou.

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