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Líder do PT pede suspensão de passaporte diplomático de Eduardo e inclusão de Bolsonaro em inquérito

Deputado licenciado na Câmara é investigado por suspeitas de coação e obstrução da Justiça por sua atuação nos EUA contra autoridades brasileiras

 (Agência Câmara/Agência Câmara)

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Agência o Globo
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Publicado em 14 de julho de 2025 às 13h07.

Última atualização em 14 de julho de 2025 às 13h28.

O líder do PT na Câmara, o deputado Lindbergh Farias (RJ), pediu a apreensão do passaporte diplomático do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e a inclusão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do senador Flávio Bolsonaro na investigação que apura as práticas dele de coação e obstrução de Justiça.

As solicitações foram feitas por uma petição encaminhada para o Supremo Tribunal Federal (STF) no domingo, 13.

No documento, o deputado reitera o pedido de prisão preventiva de Eduardo, "com base em novos elementos de prova e no risco de fuga por residir no exterior, obstrução da justiça e articulação internacional contra o Estado de Direito".

Lindbergh também pede a imposição de medidas cautelares como a "proibição de contato com autoridades estrangeiras" e "a restrição de movimentações políticas, diplomáticas e territoriais".

O deputado também argumentou contra Bolsonaro, afirmando que ele "endossou a chantagem estrangeira, atribuiu as sanções de Trump à política externa brasileira e exigiu, em nota pública, que os Poderes da República 'ajam com urgência' para 'resgatar a normalidade institucional".

Já sobre Flávio, ele mencionou uma entrevista concedida por ele à CNN na qual o senador disse que "a anistia ampla, geral e irrestrita" seria "o primeiro passo" para o fim do tarifaço.

Lindbergh solicitou que ambos fossem incluídos no inquérito que investiga a atuação de Eduardo nos EUA contra autoridades brasileiras, aberto por autorização de Moares. O caso passou a ser apurado em maio, após uma sinalização feita pelo secretário de Estado americano Marco Rubio sobre a aplicação de sanções contra o ministro do STF.

"Não estamos diante de simples discursos. Estamos diante de uma estratégia de guerra híbrida, com traidores da pátria atuando de dentro das instituições para deslegitimar o Judiciário, subordinar o Brasil a interesses internacionais e impedir a responsabilização penal de criminosos", escreveu Lindbergh ao anunciar o envio da petição ao Supremo pelo X.

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