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Líder do PSL diz que faltou estratégia na CCJ e culpa Maia por ataques

"Para isso existe liderança do governo. Se está havendo críticas, tem que ser críticas direcionadas a quem tem essa atribuição", disse Delegado Waldir

Deputado Delegado Waldir (PSL-GO): líder do PSL disse que tentou intervir, mas que não era o responsável por estratégia governista (Antonio Augusto / Câmara dos Deputados/Agência Câmara)

Deputado Delegado Waldir (PSL-GO): líder do PSL disse que tentou intervir, mas que não era o responsável por estratégia governista (Antonio Augusto / Câmara dos Deputados/Agência Câmara)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de abril de 2019 às 15h07.

Última atualização em 4 de abril de 2019 às 15h47.

Brasília — O líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), fez duras críticas à articulação do governo, reconheceu que faltou estratégia da base na audiência pública realizada na quarta-feira, 3, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e apontou o dedo para quem, segundo ele, jogou o ministro "na cova dos leões".

Ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, Waldir disse que ele não tem atribuição de líder do governo, embora seja a liderança do partido do presidente Jair Bolsonaro, e que não foi procurado por ninguém para ajudar a traçar uma estratégia de atuação na sessão de quarta, que acabou com brigas e bate-bocas.

"Quem colocou o Guedes na cova dos leões não foi o Delegado Waldir. Quem colocou foram os partidos que podem fazer a base, o Centrão, sob o comando do Rodrigo Maia. Não fui eu que coloquei ele na cova dos leões", disse Waldir.

O líder do PSL disse ainda que faltou estratégia na comissão. "Para isso existe liderança do governo. Se está havendo críticas, tem que ser críticas direcionadas a quem tem essa atribuição", disparou. O líder do governo é o deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), que teve uma atuação tímida na sessão. "Se eu vou lá, articulo e monto uma estratégia, eu estou tomando uma atribuição do líder do governo. Não posso cumprir uma missão que não é minha", continuou Waldir.

Guedes passou as primeiras cinco horas da audiência na quarta nas mãos da oposição. A lista de inscritos iniciada na semana passada, com predominância da oposição entre os primeiros requerimentos, foi mantida por acordo. "Não foi feita alteração da lista. Eu não posso responder por uma atribuição que não é minha", disse Waldir.

"Agora, a todo momento na comissão, quando havia qualquer alteração dos partidos da oposição, quem bateu na mesa, quem protegeu o Guedes pessoalmente fui eu. E toda essa estratégia é da liderança do governo", acrescentou.

O líder do PSL disse que buscou fazer intervenções duras, mas "quando podia", porque não tinha tempo. Quem fala pela liderança do governo geralmente tem mais tempo que os demais - na audiência desta quinta, por exemplo, o deputado Darcísio Perondi (MDB-RS), que é vice-líder, falou em nome do posto por mais de 10 minutos.

"A estratégia é do governo, integralmente. Em nenhum momento fui procurado pelo governo para definir estratégia na comissão. Meus parlamentares estavam lá. Todos inscritos", afirmou Waldir.

Ele não quis comentar a ausência da líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP). "É problema do governo. Nós somos PSL liderança. E eu estava lá, protegi o ministro das agressões", afirmou.

Waldir defendeu Guedes e disse que o ministro estava "extremamente tranquilo" e sendo respeitoso enquanto a oposição ainda o tratava de maneira respeitosa. "Mas a oposição fez questão de terminar o evento, eles não aguentavam mais ser torturados. Eles estavam sendo torturados pelas verdades que ele (Guedes) estava dizendo", avaliou.

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