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Líder da Câmara diz que não há maioria para aprovar reforma

Deputado Lelo Coimbra, novo líder da maioria na Câmara, afirmou que o esforço é conquistar os 308 votos necessários para a aprovação

Câmara dos Deputados: intenção do governo é negociar pontos que podem ser flexibilizados (Ueslei Marcelino/Reuters)

Câmara dos Deputados: intenção do governo é negociar pontos que podem ser flexibilizados (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de março de 2017 às 08h51.

Brasília - Novo líder da maioria na Câmara, o deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES) admitiu que não há maioria para aprovar a reforma da Previdência, mas que o esforço é para construir o caminho que leve aos 308 votos necessários para aprovar, em dois turnos, a proposta de emenda à Constituição (PEC). "Ela (maioria) está sendo construída", declarou.

O deputado revelou que a estratégia é detectar pontos de convergência no texto do governo, itens que geram conflito mas que podem ter acordo e pontos onde as bancadas não estão dispostas a ceder.

O foco, destacou Coimbra, é trabalhar opiniões em comum e negociar o que pode ser flexibilizado. "Isso (pontos sem acordo) só vai ser resolvido na disputa de voto."

Ele disse que a semana pós-carnaval serviu para que o governo "sentisse o pulso" dos deputados e ouvisse as ponderações em relação à PEC. Os aliados do governo, no entanto, ainda não estão contando voto por voto.

"Não há adensamento, ainda que tenha possibilitado um pensamento médio claro que nos possibilite fazer mensurações."

O peemedebista minimizou manifestações de partidos da base, como o PSB, contra a reforma e lembrou que o partido tem o Ministério de Minas e Energia.

"Temos a consciência de que as pessoas que estão na base do governo estão compartilhando o governo. Então elas tem responsabilidades junto com o governo", observou.

O líder reconheceu que a tarefa de atingir os 308 votos é complexa e disse que não há reforma sem "perdas e ganhos". Ele contou que o esforço de agora é levar a mensagem do governo aos deputados, seja com as duas aulas semanais oferecidas ou com o corpo a corpo do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, nas bancadas.

Coimbra deve ser formalizado como líder da maioria na próxima semana, quando será votado um projeto de resolução criando o cargo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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