Sessão deliberativa extraordinária destinada a discussão do Parecer nº 726, de 2016, que analisa a procedência ou improcedência da Denúncia nº 1, de 2016, referente ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. À mesa, presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado (Geraldo Magela/Agência Senado)
Agência de notícias
Publicado em 21 de outubro de 2025 às 07h36.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, vai à Câmara dos Deputados nesta terça-feira para prestar esclarecimentos sobre a atuação de sua pasta.
A audiência, que ocorre na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, foi convocada após uma série de requerimentos apresentados por parlamentares da oposição, que cobram explicações sobre temas ligados à segurança pública e à atuação da Polícia Federal.
Entre os pedidos que motivaram a convocação está um requerimento de autoria do deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), aprovado em julho. O texto pede que o ministro explique “as diretrizes e ações adotadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública” em diversas frentes, incluindo operações policiais, repasses de recursos a estados e convênios com forças de segurança.
O comparecimento ocorre num momento em que o ministro se tornou alvo recorrente de ataques da oposição e de disputas em torno da PEC da Segurança Pública.A proposta é considerada uma das prioridades do governo neste segundo semestre e pretende dar status constitucional ao Sistema Único de Segurança Pública (Susp), além de criar mecanismos permanentes de financiamento para o setor.
O ministro chega à audiência após meses de embates com parlamentares bolsonaristas da Comissão de Segurança, que tentam transformar o tema em um dos principais flancos de desgaste do governo. Deputados do PL, Republicanos e Novo devem insistir em perguntas sobre a autonomia da PF, o uso de convênios federais e o monitoramento de redes sociais.
Já a base aliada pretende defender o ministro, destacando o esforço de integração com estados, a ampliação de investimentos em segurança de fronteira e o combate ao crime organizado.
O comparecimento é obrigatório e deve servir de termômetro para medir o clima político no Congresso em torno da pauta da segurança pública.