Brasil

Lewandowski vai à Câmara e defende 'saidinha' de presos

Deputados e senadores devem analisar veto de Lula no projeto durante uma sessão do Congresso na quinta-feira, 18

Lewandowski : ministro diz que proibição de presos em semiaberto para verem familiares atenta contra à Constituição (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Lewandowski : ministro diz que proibição de presos em semiaberto para verem familiares atenta contra à Constituição (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 17 de abril de 2024 às 07h34.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, participou nesta terça-feira, 16, de audiência na Comissão de Segurança Pública da Câmara. Logo no início da sessão, deputados de oposição cobraram explicações dele sobre o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao projeto que acabava com as "saidinhas" de presos. Mesmo assim, o presidente da comissão, Alberto Fraga (PL-DF), afirmou logo no início da sessão que Lewandowski deve ter um tratamento diferente do seu antecessor. "Fique tranquilo porque Vossa Excelência não será destratado", prometeu o deputado.

O ministro da Justiça optou por destacar aos deputados que o presidente manteve a maior parte das mudanças promovidas pelo Congresso. De acordo com Lewandowski, o Palácio do Planalto "sancionou 90% ou mais desse projeto de lei". Ele explicou que o veto se limitou ao trecho que impedia a saída temporária dos presos para visitar os familiares por compreender que a proposta "contraria princípios irrevogáveis da Constituição", como o da dignidade humana.

"O veto respeita a nova política penal promovida pelo Congresso Nacional", disse. "O presidente da República é um cristão", prosseguiu. "Estamos defendendo um valor cristão, um valor fundamental da sociedade", completou.

Deputados e senadores devem analisar o veto de Lula em sessão do Congresso amanhã. Parlamentares de oposição prometeram derrubar o veto. A expectativa é de que o governo sofra derrota no assunto, sobretudo após o embate entre o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Outros assuntos

Lewandowski ainda sinalizou com revisão de regras sobre acesso a armas, após cobrança de bancada da bala e da oposição. O ministro da Justiça ainda assumiu que houve erros do governo federal que culminaram na fuga de presos da penitenciária de Mossoró. De acordo com o ministro, foram "várias causas", como equipamentos antigos e quebra de protocolos de segurança. "Foi a única e será a última fuga."

Acompanhe tudo sobre:Ricardo LewandowskiLuiz Inácio Lula da SilvaPresídios

Mais de Brasil

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP